Presidente Jair Bolsonaro afirma que mineração é estratégica para o Brasil
05/09/19
O governo federal considera a mineração Industrial estratégica para o interesse nacional e tem papel reservado no planejamento governamental para retomar o crescimento econômico e o desenvolvimento. O Presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou hoje (5/9) que seu governo vai estimular a atração de investimentos no setor mineral. Ele participou do seminário ‘Liderança Brasileira na Cadeia Produtiva do Nióbio’, na sede do Ministério de Minas e Energia, co-organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
O Presidente disse que considera a mineração tão ou mais importante que o setor petrolífero, em razão das contribuições que pode gerar para o País. Jair Bolsonaro disse que o Brasil quer estabelecer parcerias com companhias estrangeiras para incrementar a pesquisa e a exploração mineral. O Brasil tem apenas 30% de seu território mapeado geologicamente na escala 1:100.000, que é a escala recomendada para identificar o potencial mineral.
“Durante os últimos 5 anos falei muito em nióbio e em grafeno(…)só o grafeno vai movimentar US$ 1 trilhão nos próximos 10 anos na economia mundial(…)
Nesses meses de mandato sentimos que o Brasil tem grande potencial nessas áreas(…)e Brasil não pode ser mero exportador de commodities. Temos que agregar valor e para isso precisamos desenvolver tecnologia(…)então vocês (mineradores) são importantes, é uma riqueza que está embaixo da terra”, como o grafeno e o nióbio, disse o Presidente da República.
O diretor-presidente do IBRAM, Flávio Penido, foi um dos palestrantes no seminário. Ele considerou a fala do Presidente como muito positiva para o futuro da mineração no Brasil. “A indústria da mineração pode fazer ainda muito mais pelo progresso do Brasil”, disse.
Antes do discurso do Presidente Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, já havia se manifestado sobre a presença marcante da mineração nos planos do governo para o desenvolvimento nacional: “o DNA da mineração está em todos os projetos estratégicos do Brasil. Ela é vetor primordial de progresso e sinônimo de desenvolvimento”.
O secretário especial de Assuntos Estratégicos, general Maynard Marques de Santa Rosa, concordou e disse que o setor mineral “tem sido subestimado” e que é hora de o Brasil acordar para o potencial que tem nesse setor”.
Segundo ele, enquanto o setor mineral brasileiro contribui com 4,4% do PIB, na Austrália a parcela é bem maior: 9,4%. Para enfatizar sua informação, o secretário lembrou que aquele país tem menor potencial mineral do que o Brasil.
No seminário, o nióbio foi citado pelas autoridades federais como exemplo de mineral estratégico para o Brasil.
Segundo o ministro Bento Albuquerque, há muitas perspectivas de expansão da aplicação de nióbio em vários setores produtivos mundo afora, como medicina, energia etc. e pelo fato de o Brasil deter 50% da produção mundial, o País irá se beneficiar da expansão deste mercado e precisa incrementar este protagonismo na produção de nióbio.
O presidente executivo da CBMM, Eduardo Ribeiro, empresa líder na produção e comercialização de nióbio, disse que o grande desafio no momento é expandir a demanda pelos produtos industrializados a partir do nióbio, que é considerado um “metal” e não um “minério”. O CEO citou como exemplo o ferro-nióbio, que responde por 90% das vendas totais da CBMM. Outras produtoras de nióbio, a Mineração Taboca e a CMOC Brasil apresentaram no seminário dados sobre produção, venda, investimentos e tecnologia desenvolvida para ampliar a participação brasileira no mercado internacional de nióbio e produtos industrializados.
Também participaram do evento o ministro de ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos César Pontes, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Alexandre Vidigal de Oliveira.
O secretário da SGM disse que o governo federal quer uma “mineração diferente”, capaz de ampliar seu compromisso de “transformar o patrimônio mineral em riqueza mineral para o país. Esta riqueza é da sociedade e ela merece algo mais”, disse ao se referir à comparação feita pelo general Santa Rosa (SAE) entre Brasil e Austrália, referente à contribuição da mineração ao PIB.
Segundo Alexandre Vidigal, eventos como o seminário de hoje, são realizados para o governo ampliar o conhecimento sobre o setor mineral e que a expectativa é avançar logo para a “fase da ação”, ou seja, aos projetos “ambiciosos e ousados” voltados à expansão da atividade mineral no Brasil.
O diretor-presidente do IBRAM, Flávio Penido, fez apresentação no seminário sobre o mercado de nióbio no Brasil e no mundo. Penido concordou com as autoridades federais que a mineração é estratégica para o País e precisa ser estimulada, com a atração de mais investimentos privados, caminho para gerar mais negócios e mais renda aos brasileiros.
O seminário ‘Liderança Brasileira na Cadeia Produtiva do Nióbio’ foi realizado pelo IBRAM, pelo Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Secretaria de Assuntos Estratégicos, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e Ministério de Minas e Energia.
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