Preço da água mineral pode subir até 10%
06/08/09
A partir de setembro, entra em vigor uma portaria do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) que estabelece o prazo de validade máximo de três anos para os galões de dez e 20 litros utilizados no envase de água mineral. De acordo com a Associação das Indústrias e Distribuidores de Água Mineral do Estado (Aidames), a medida pode elevar em até 10% os preços do produto para o público consumidor.
Com a portaria 387, de setembro de 2008, os consumidores que nunca precisaram se preocupar com o destino dos vasilhames vão precisar ficar atentos. A partir do dia 23 de setembro, as embalagens vencidas deixarão de ser aceitas pelos comerciantes, distribuidores e indústrias do setor. A nova regra tem o objetivo de garantir a qualidade, além de mais higiene e conservação do líquido dentro dos galões.
Além do prazo de validade, a lei também padroniza os vasilhames e especifica que eles devem ser fabricados com resina virgem ? polipropileno, ou outro material aceitável para contato com alimentos – PET, desde que atenda as exigências da Vigilância Sanitária.
O presidente da Aidames, Josimar Rodrigues Vieira, acredita que o custo do envasamento de água mineral não deve aumentar na indústria, já que o item é de responsabilidade dos distribuidores e consumidores. ?O aumento para o consumidor vai acontecer porque a necessidade de renovação dos vasilhames existentes no mercado é grande, sendo necessário uma maior produção e a comercialização de novos galões?, afirma.
O DNPM acredita que os vasilhames não têm condições de continuar no mercado após três anos de uso por causa da degradação que passam quando são escovados. Nesse processo, ele sofre agressão de produtos químicos, utilizados na assepsia, que contribuem para o desgaste. Além disso, o órgão também entende que os processos de lavagem e higienização tiram a proteção, provocando ranhuras e rachaduras, que aumentam o risco de produtos químicos contaminarem o garrafão, quando o recipiente for reaproveitado por muito tempo.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Bebidas em Geral do Espírito Santo (Sindibebidas), Ademar Bragatto, o lado bom da nova regra é que ela regulamenta o mercado. ?Um dos fatores que influenciam o tempo de vida do galão é o seu manuseio na cadeia produtiva. Entretanto, os empresários responsáveis pelo envase, fabricação e distribuição, terão que se adaptar as novas regras?, disse.
Adaptação. Para garantir que as indústrias estejam aptas a operar de acordo com a nova lei, a Aidames e o Sindibebidas vão promover amanhã, dia 06, o 1º Encontro Estadual das Indústrias e Distribuidores de Água Mineral do Espírito Santo, a partir das 09h, no auditório da gráfica GSA, em Vitória.
Realizado com o objetivo de esclarecer dúvidas e informar sobre as ações que serão tomadas no cumprimento da portaria 387/08 do DNPM, o evento deve reunir 80 empresários que atuam em toda a cadeia produtiva de água mineral.
Veja o que diz a portaria 387 de setembro de 2008:
– Os vasilhames devem ser fabricados com resina virgem ou outro material aceitável para contato com alimentos, que atenda às especificações da Vigilância Sanitária;
– A empresa fica obrigada a apresentar ao DNPM, anualmente, a cópia do certificado emitido por um instituto técnico atestando que seu produto atende às normas técnicas;
– O reenvase de embalagens plásticas retornáveis é permitido, exclusivamente, para vasilhames de 10 e 20 litros;
– Os vasilhames de 10 e 20 litros devem ter impresso no fundo da embalagem, a data limite de três anos de validade.
ES HOJE