Potência em extração
26/07/07
O Brasil é hoje o maior produtor do mundo em diversidade de gemas – são mais de cem tipos distintos. A extração de pedras coradas (turmalinas, ametistas, ágatas, citrinos, etc) é um dos pontos altos e o País ainda é o único produtor mundial de topázio imperial e, até há pouco tempo, tinha a exclusividade da turmalina paraíba. Além de ser o maior de esmeraldas. Estima-se que sejam produzidos, aqui, cerca de um terço de todas as gemas comercializadas no planeta, excetuando o diamante, o rubi e a safira. Embora, na época do Império, o Brasil tenha sido o maior produtor mundial de diamantes. A extração de ouro, porém, vem caindo consideravelmente nos últimos dez anos. O País ocupa atualmente a 17ª posição no ranking internacional do produto. “Estamos chegando perto do esgotamento de nossas reservas em atividade e as outras áreas com potencial de exploração não são usadas por questões ambientais ou por sua localização em reservas indígenas”, afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais, Hécliton Henriques. A mineração em terras indígenas é proibida por lei. Lapidação Com tanta variedade de gemas, matéria-prima, o estímulo à indústria nacional não deveria faltar. Mas falta. Oficialmente, cerca de 80% da produção de gemas nacionais são exportadas – a maior parte em estado bruto – mas, para especialistas, esse número é bem maior. “Quase toda a produção em bruto vai para o Exterior extra-oficialmente. Para a indústria de lapidação nacional sobram os vidros”, afirma o pesquisador da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) Adriano Mol: “O quadro é negro para as empresas de lapidação”.
Diário do Comércio – SP