Porto de Suape retoma exportação de minérios
16/02/07
Depois de um ano de paralisação, a empresa potiguar Mhag Mineração está retomando as operações do seu terminal de minério de ferro no Complexo Industrial Portuário de Suape. Uma carga de 1,5 mil toneladas, trazida em 30 vagões da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), chegou na última sexta-feira ao porto.
?A volta da Mhag vai contribuir bastante para alavancar a movimentação no porto e incrementar nossos projetos de diversificação do mix de cargas de Suape?, disse o diretor de Gestão Portuária de Suape, João Poggi Neto. O transporte até o porto deverá ficar em duas mil toneladas diárias, já que a Mhag vai exportar, a partir de março próximo, 60 mil toneladas mensais para um país do Oriente Médio. A empresa não revela o destino do produto e o nome do importador, por questões de estratégia comercial.
O contrato, de 360 mil toneladas, vai até agosto. A empresa informou que não vai se limitar a esse volume. ?Estamos em fase de fechamento de outros contratos com o mesmo importador e que prevêem remessas, inicialmente, para todo o ano de 2007. Mas o que está em jogo é a consolidação do negócio por vários anos?, destacou o gerente de Logística e Porto da Mhag, Guilherme Pinheiro.
Ele ressaltou, ainda, a importância do uso de ferrovias para o transporte de granéis sólidos no Nordeste. ?Estamos dando nossa contribuição para a retomada do sistema ferroviário na região e para a viabilização, no futuro, da Ferrovia Transnordestina?.
A Mhag investiu R$ 6 milhões na construção de um terminal ferroviário de transbordo no município de Juazeirinho (PB). O minério é escoado, por rodovias, das minas da região de Jucurutu (RN). São 180 quilômetros de estradas até Juazeirinho e outros 350 quilômetros de ferrovia da Paraíba até Suape. A operação logística multimodal permite uma redução de custos, no momento, de 20% em relação ao uso do transporte rodoviário das minas até o terminal portuário, onde foram investidos R$ 12 milhões. ?Essa economia deveria chegar a 50%, o que não vem sendo possível ainda devido à situação precária da malha ferroviária regional. Esperamos que isso mude com os investimentos previstos para a malha?, concluiu Guilherme Pinheiro.
Federação das Indústrias – PE