Perfuração está prevista para março
27/01/11
As perfurações para análise dos minerais identificados na região de Mirassol d”Oeste (a 300 km da Capital) começam em março deste ano. O estudo de viabilidade para a exploração de minério de ferro e de fosfato encontrados será realizado em uma área de 70 quilômetros quadrados com possibilidade de se estender a outras cidades, como Porto Esperidião, Glória D”Oeste e Cáceres.
O diretor de Exploração da GME4, Washington Santana, afirma que a empresa está fazendo o orçamento do que será investido e assim que estiver tudo fechado irá começar a fazer as explorações, previstas para março. A empresa GME4, que irá realizar os estudos, pertence ao grupo Opportunity e está à frente do projeto porque possui uma concessão da União para analisar a região. No Brasil, as empresas especializadas em exploração mineral, antes de iniciar os estudos sobre a presença ou não de minérios, requerem junto ao governo federal a autorização e recebem um prazo de 3 anos, prorrogáveis por mais 2, para entregar os relatórios. Após a conclusão dos estudos, caso haja viabilidade, a empresa tem preferência pela exploração.
O secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf confirma a data prevista e diz que a mineradora pretende fazer uma análise de alta profundidade. “O governo é parceiro deste investimento. Temos interesse nos resultados desses estudos para a exploração mineral da região”. Apesar de receber apenas 3% em tributos provenientes da exploração, dos quais 65% são encaminhados para o município, uma jazida atrai investimentos para o Estado.
A descoberta do depósito de minerais, em setembro do ano passado, teve repercussão nacional pela possibilidade de ser uma jazida maior que a Carajás (PA). Apesar da extensão da área despertar o interesse, o estudo se faz necessário devido à formação das rochas na localidade. O minério de ferro e o fosfato estão depositados um sobre o outro nos locais onde foram encontrados. Na época, o geólogo Gercino da Silva, da Sicme, afirmou que as camadas intercaladas de minério de ferro e de fosfato são uma novidade na literatura em que pesquisa e que isso poderia ser uma dificuldade. A descoberta do geólogo se deu em 2007, quando realizava sua pesquisa de mestrado na Serra do Caeté, região onde foi comprovada a presença de minério de ferro e fosfato.
Gazeta Digital