PDF reafirma expectativa de US$ 46 bi em investimentos no Pará, apesar da crise
23/10/08
Como parte de um seminário para militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército do Rio de Janeiro, realizado nesta terça-feira (21) na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), o coordenador do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), David Leal, confirmou a expectativa de investimentos no valor de US$ 46 bilhões na economia paraense para os próximos quatro anos, apesar da crise financeira que atinge o mercado mundial. Recursos deverão gerar cerca de 55 mil novos empregos nesse período. David Leal disse que esses US$ 46 milhões virão através dos investimentos públicos, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e privados. Desse total, 65% estarão concentrados no pólo de Carajás, no sudeste paraense, em razão da maior parte dos investimentos ser destinada à área mineral. A apresentação fez parte do seminário ?O Potencial Agroindustrial e Comercial ? Perfil Sócio Econômico Industrial, Agrícola e Comercial, e Expectativas de Desenvolvimento do Estado do Pará?. Os 25 militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército do Rio de Janeiro desenvolvem estudos estratégicos sobre a área da Amazônia Oriental e, por este motivo, solicitaram à Fiepa informações econômicas sobre o Estado do Pará. ?Essas informações nos trarão subsídios para que possamos desenvolver um mapa estratégico da região amazônica, levando em consideração as características econômicas, sociais, industriais e agrícolas?, disse o aluno da escola militar, Major Caldeira. Na ocasião, os militares também conheceram a Agenda Ambiental da Indústria do Pará, lançada no último mês de julho, em Belém, e os projetos de expansão para a exportação dos produtos paraenses. ?O setor produtivo paraense, através da Fiepa e do Centro Internacional de Negócios (CIN), pretende transformar este estado em um pólo exportador. Temos esse potencial, mas precisamos que algumas iniciativas, como a questão dos incentivos fiscais, viabilizem este projeto?, alerta o coordenador do CIN, Luiz Carlos Monteiro. Quanto à questão ambiental, o engenheiro florestal e secretário executivo do Conselho Temático de Meio Ambiente (CTMA) da Fiepa, Deryck Martins, destacou algumas ações previstas na Agenda Ambiental. ?Este documento ressalta a preocupação do setor produtivo com o meio ambiente. Necessitamos reproduzir o modelo sustentável de produção na Amazônia, recuperando áreas degradadas e desenvolvendo ações de Produção Mais Limpa e de gerenciamento de resíduos?, disse Martins. Ainda sobre a questão da preservação ambiental, o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Pará (FAEPA), Carlos Xavier, apresentou aos militares o Movimento Alerta Pará e o Programa Preservar, que pretende superar os entraves ao desenvolvimento do agronegócio paraense e estimular a atividade através de um conjunto de oportunidades de investimentos, baseado no potencial dos recursos regionais. ?O Programa Preservar tem como uma de suas premissas o desmatamento zero. Iremos trabalhar em cima apenas da área que já foi antropizada, equivalente a 24% de todo o território paraense?, explicou Xavier.
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