Parauapebas lidera ranking da produção de bens minerais no Pará
29/09/08
Estudos do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) apontam que o segmento extrativo representou 59,2% dos US$ 8 bilhões produzidos pela indústria mineral do Pará em 2007. A projeção para 2012 é que esse valor se eleve para US$ 31,7 bilhões, representando avanço de cerca de 300%. Até lá, o setor extrativo terá percentual de 82,1%. No cenário de 2007, dos US$ 8 bilhões produzidos, o município de Parauapebas contribuiu com 35,8%, puxado pelo minério de ferro. O segundo pólo, Barcarena, teve participação de 33,3% (com alumina e alumínio); o terceiro, Canaã dos Carajás, contribuiu com 10% (com o cobre). Depois vem Marabá (7,1% com o ferro-gusa e manganês), Oriximiná (6,3% com a bauxita) e os demais. Paragominas aparece com 0,8%, representando o início do projeto Bauxita, da Vale. As potencialidades minerais da Amazônia estarão em discussão no I Congresso de Mineração da Amazônia, que será realizado pelo IBRAM, com apoio do Governo do Estado e da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), no mês de novembro, em Belém. Três municípios participam da indústria de transformação mineral: Barcarena ? pertencente à Região da Grande Belém, que completa a cadeia do alumínio (bauxita-alumina-alumínio, primário-cabos e vergalhões de alumínio), cujo minério vem de Oriximiná (Porto Trombetas); e outros dois municípios do Sudeste do Pará: Marabá, que é abastecido por minério de ferro de Parauapebas e Floresta do Araguaia, principal matéria-prima do ferro-gusa e ferro-liga (produzidos no Distrito Industrial de Marabá); e Breu Branco, que transforma quartzo em silício metálico. Em 2012, o pólo de Parauapebas continuará liderando o ranking da produção extrativa mineral com 34,1%; e Canaã dos Carajás ocupará a segunda posição com 31,6%, Barcarena responderá por 15,6%, São Felix do Xingu (8%), Marabá (4%), Ourilândia do Norte (1,7%) e Oriximiná (1,6%). Os demais não vão superar 1%. O responsável pelo bom desempenho do setor será, principalmente, o minério de ferro, cuja produção saltará para 200 milhões de toneladas/ano e responderá por mais da metade de tudo o que for produzido, em função da entrada em produção do projeto Serra Sul. O níquel, com os projetos Onça Puma, Níquel do Vermelho e Jacaré, os dois primeiros da Vale e o último da Anmglo American, ocupará a segunda posição (14,2%). A alumina, com a conclusão de expansões e o início de uma nova refinaria em Barcarena, responderá por 11,1%. O cobre será responsável pela fatia de 8,5%, o alumínio (4,3%), a bauxita (2,5%), o ferro-gusa (2,1%), o ouro (1,7%), o caulim (1%) e os demais bens minerais com menos de 1% cada.
Correio do Pará