Países adotam políticas públicas estratégicas para expandir mineração
09/05/24
Autoridades do Canadá, EUA, Bolívia e Colômbia relatam como essas nações apoiam a mineração para gerar benefícios voltados ao desenvolvimento nacional.
O último painel do Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos, organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em Brasília, ressaltou relatos sobre as políticas públicas estratégicas de EUA, Canadá, Colômbia e Bolívia para desenvolverem suas nações com estímulos à expansão da produção de minerais críticos e estratégicos.
EUA quer novos parceiros para fornecer minérios; Colômbia vai aumentar produção
Os EUA, disse Matthew Lowe, Conselheiro Econômico da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, importam 41 dos 50 minerais críticos e buscam novas fontes de suprimento, inclusive, no Brasil, que possui mais de 15 dessas substâncias de interesse norte-americano. Segundo Lowe, os EUA estão dispostos a investir volumes expressivos na formação de cadeias de suprimento resilientes, seguras e confiáveis e admite parcerias entre organizações norte-americanas e brasileiras para isso. Já o governo e o congresso colombianos consideram expandir os minerais críticos e estratégicos objeto de políticas públicas para tornar a economia mais produtiva e geradora de empregos e renda. A Colômbia quer substituir a importação de vários minérios críticos pela produção em território local.
Canadá atrai grandes investidores
O Canadá está atraindo cada vez mais investimentos de grandes marcas internacionais, como montadoras de veículos, para projetos de minerais críticos em seu território. A estratégia canadense aumentará a oferta de origem responsável desses minerais e apoiará o desenvolvimento de cadeias de valor nacionais e globais para a economia verde e digital. Aquele país, segundo Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil, defende a cooperação regional nas Américas para promover a mineração sustentável.
Bolívia precisa de apoio externo para minerar; Brasil desponta no suprimento global
A Bolívia demonstra interesse nessa cooperação regional porque tem dezenas de milhões de toneladas em minérios ainda não explorados e precisa de apoio técnico e logístico de outros países, disse Sebastian Cuenca, ministro conselheiro da Embaixada daquele país no Brasil. O representante do governo brasileiro no painel, Guilherme Ferreira, chefe da Divisão de Geologia Econômica do Serviço Geológico do Brasil, reforçou que o Brasil tem potencial para suprir a demanda dos principais minerais críticos e estratégicos de China, Estados Unidos e União Europeia e pode atuar em cooperação com outros países.
Sobre o Seminário
O Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O evento contou com o patrocínio da Vale Metais Básicos (ouro); CBMM (Painel); Hazemag (Painel); Metso (Painel). E teve a presença de autoridades e especialistas de vários países e organizações, como: Agência Internacional de Energia; ICMM – Conselho Internacional de Mineração e Metais; Fórum Econômico Mundial; União Europeia; Unesco; Comissão de Transição Energética; representações diplomáticas de EUA, Canadá, Bolívia, Colômbia, entre outras; além de BNDES; CNI; CNA; ABDI; MME; MRE, MDIC; ANM; SGB/CPRM; CTEM; mineradoras, como Lundin Mining; CBMM; Vale; Kinross; Companhia Brasileira de Lítio; Hydro; organizações como Vale Metais Básicos Atlantico Sul; Humana; Instituto Igarapé; Ellen MacArthur Foundation; WEG; ABIQUIM; Mining Hub.