O papel da mineração na evolução da transição energética é abordada pelo presidente do IBRAM em evento em São Paulo
09/10/24
IX Encontro de Executivos do Setor Mineral promove debate sobre tema com especialistas de todo o país.
O Brasil tem uma oportunidade valiosa de se destacar como líder no fornecimento global de minerais críticos e estratégicos, essenciais para o avanço de tecnologias e equipamentos voltados à transição energética. Com a demanda mundial em crescimento, se o país optar por aprimorar seu arcabouço regulatório e adotar outras medidas para aumentar a competitividade da indústria mineral, isso resultará em melhores condições para promover o desenvolvimento sustentável.
Esse é o posicionamento do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) apresentado pelo diretor-presidente, Raul Jungmann, nesta quarta-feira (9/10) durante a mesa de abertura do IX Encontro de Executivos do Setor Mineral. O evento, organizado pela Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), ocorreu em São Paulo e abordou o tema “O impacto da transição energética no desenvolvimento de projetos minerais no Brasil: Do depósito ao produto final”. Durante o encontro, especialistas discutiram questões relevantes sobre o desenvolvimento, os avanços e os desafios da pesquisa mineral no país.
Durante sua fala, o diretor-presidente do IBRAM destacou a importância dos minerais brasileiros na resolução de desafios globais, afirmando que o Brasil não pode perder essa chance. “O futuro está se abrindo para a mineração brasileira, e isso se traduz em transição energética. Não é possível enfrentar o maior desafio da humanidade, que é a descarbonização, sem contar com os minerais”, afirmou. Jungmann também mencionou que, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o mercado de minerais críticos para a transição energética foi avaliado em US$ 320 bilhões em 2023, com projeções de crescimento para US$ 1,1 trilhão até 2030. “O Brasil está bem posicionado nesse cenário. Temos tudo o que o mundo precisa: energia renovável e uma vasta gama de minerais. Precisamos aproveitar essa oportunidade e nos posicionar adequadamente”, enfatizou.
O painel de abertura contou com a participação do diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Souza, da secretária-adjunta da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Ana Paula Bittencourt, do presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Carlos Borel Neto, do presidente Conselho Diretor da ADIMB, Marcos André Gonçalves, e do presidente do Conselho Deliberativo da ABPM, Luis Azevedo.