O grande desempenho da Alunorte, segundo a ?Melhores & Maiores? da Exame
13/08/07
A Alunorte, a refinaria de alumina instalada em Bacarena, no Pará, que tem a Companhia Vale do Rio Doce como principal acionista, foi a sétima empresa brasileira com maior crescimento em 2006. De acordo com levantamento da revista ?Exame? que acaba de ser divulgado na edição deste ano de ?Melhores & Maiores?, a Alunorte teve um faturamento de US$ 1,3 bilhão no ano passado, o que representou 79,1% a mais do que no ano anterior. Maior refinaria de alumina do mundo, a Alunorte ocupa o 115º lugar no ranking das 500 maiores empresas do país da ?Melhores & Maiores?. Em 2005 ela estava 98 posições abaixo, no 213º lugar. Entre todas as empresas das regiões Norte e Nordeste, ela é a 11ª maior companhia ? em 2005 era a 23ª. Entre as melhores empresas do setor de mineração do país, de acordo com critérios adotados pela publicação da Editora Abril, a Alunorte está em 4º lugar. Entre as mineradoras do país, a Alunorte está em 3º lugar em faturamento, atrás apenas da Vale do Rio Doce e da MBR. Em crescimento, é a 2ª; a 4ª em liquidez corrente e a 6ª em riqueza criada por empregado. A Vale do Rio Doce é a líder de mercado na área de mineração. Essa performance a Alunorte foi possível graças a um investimento de R$ 2 bilhões feito nos últimos três anos por seus acionistas ? a Vale, a Norsk Hydro e a Companhia Brasileira de Alumínio, além de um consórcio japonês. A Alunorte continua em processo de expansão de sua produção, que hoje é de 4 milhões de toneladas, sendo responsável por 7% da alumina consumida no mundo. E outros R$ 2,2 bilhões já estão sendo investidos para que a partir do próximo ano a Alunorte supere a marca das 6 milhões de toneladas anuais. ?Sempre crescemos a passos largos, mas agora os investimentos atingiram um patamar muito mais ambicioso?, afirma Ricardo Carvalho, presidente da Alunorte. A revista mostra que o mercado é amplamente favorável ao produto da refinaria de Barcarena ? a alumina hoje custa 50% a mais do que há cinco anos. Analistas garantem que a demanda mundial por alumina ? principalmente em razão da voracidade chinesa ? permanecerá aquecida pelo menos pelos próximos 15 anos. Não é à toa que a Vale, além de investir na ampliação da Alunorte, acaba de anunciar parceria com a norueguesa Norsk Hydro para a implantação de mais uma refinaria da alumina em Barcarena. Destaques no ranking O ranking das 500 maiores empresas do Brasil por vendas da ?Melhores & Maiores? é liderado pela Petrobrás, aparecendo a Vale do Rio Doce em 8º. A Cargill, que tem sede em São Paulo mas que opera no Pará com um terminal graneleiro em Santarém, está em 20º lugar. A Alcoa, que está implantando seu projeto de produção de bauxita em Juruti, ocupa a 95ª posição. Depois aparecem as três empresas da cadeia do alumínio com participação da Vale: a Alunorte no 115º lugar, a Albras em 139º e a Mineração Rio do Norte em 331º. No meio delas está a Celpa, a concessionária de energia no Pará, em 189º lugar. A varejista Lojas Yamada aparece em seguida no 347º lugar, com melhora em sua posição, já que em 2005 aparecia em 370º. Outra empresa paraense do varejo, Supermercados Líder, está no 359º lugar ? no ano anterior não aparecia entre as 500 maiores. A Amazona Celular, que acaba de ser incorporada pela Vivo, ocupa a 434ª posição. E aparece em 6º lugar entre as menos rentáveis. A Vale do Rio Doce destaca-se ainda entre as empresas com maior patrimônio, no 3º lugar, com US$ 30 bilhões; em 7º entre as empresas que mais pagaram salários em 2006 (US$ 573 milhões); em 4º entre as maiores receitas líquidas (US$ 9 bilhões); e em 5º entre as que mas criaram riqueza (US$ 4,3 bilhões). A Vale é o terceiro maior grupo privado por venda. Nesse mesmo item, o Grupo Rede, ao qual pertence a Celpa, está em 49º lugar. No setor de papel e celulose, destaque para a Jarí, em 14º lugar. Em siderurgia e metalurgia, a Albras está na 7ª posição. No varejo, embora não esteja entre as dez maiores empresas, a Yamada é a 5ª em rentabilidade. A edição do ?Melhores & Maiores? mostra ainda alguns indicadores das maiores empresas dos estados do Pará e do Amazonas juntos. Em crescimento, a Alunorte é a 1ª, a Albras a 3ª, a Yamada a 7ª, a Celpa a 8ª. Em rentabilidade, a Mineração Rio do Norte é a 1ª, a Albras a 2ª, a Yamada a 3ª, a Alunorte a 4ª e a Celpa a 8ª. Em riqueza criada por emprego, mais uma vez a Alunorte é a 1ª, vindo em 2º a Albras, em 3º a MRN e em 4º a Celpa. Em vendas, a Alunorte está em 3º, a Albras em 5º e a Celpa em 7º. Vale na Colômbia A mais recente edição da revista ?Exame? traz a notícia de que o presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, preocupado com um novo apagão elétrico, o encarecimento da energia no país e a falta de regras claras para investir no setor, teria decidido instalar uma fábrica na Colômbia para a produção de alumínio, que tem na energia elétrica a matéria-prima essencial. A idéia de Agnelli, segundo a revista, é construir uma usina hidrelétrica naquele país e transformar lá a alumina que a Vale produz em Barcarena, no Pará, onde está ampliando a capacidade de produção da Alunorte e onde já anunciou a implantação de uma nova refinaria de alumina, em parceria com a norueguesa Norsk Hydro. ?Nos últimos anos, o custo da energia elétrica no Brasil disparou e hoje aparece entre os mais altos do mundo, atrás apenas da Alemanha. Além disso, de acordo com estudo do Instituto Acende Brasil, em 2011 o risco de faltar energia no país é de 28%?, acrescenta a ?Exame?.
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