O Globo: "Instituto de mineração: vazamento em Minas não é tóxico"
10/01/07
RIO – O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgou nota oficial sobre o acidente ocorrido em Minas Gerais com o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério da Mineradora Rio Pomba, que pertence à Indústria Química Cataguases. O órgão esclarece que não houve vazamento de resíduos tóxicos. A Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam) já informara que a lama não era tóxica. O rompimento da barragem deixou ilhadas as cidades mineiras de Miraí e Muriaé e desabrigadas mais de cinco mil pessoas, que já sofriam com o transbordamento do Rio Muriaé, em função das chuvas. O acidente ameaça prejudicar o abastecimento de água na Região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.
Veja a íntegra da nota do Ibram:
“O Instituto Brasileiro de Mineração ? IBRAM, representante da indústria mineral brasileira, vem a público lamentar a ruptura acidental da barragem de resíduos do processo de beneficiamento de bauxita da Mineração Rio Pomba, ocorrido na madrugada de 10/01/2007, no município de Miraí, em Minas Gerais.
O IBRAM esclarece que não houve vazamento de resíduos tóxicos, como fora veiculado anteriormente, visto que a barragem armazenava apenas resíduos do processo de lavagem da bauxita, uma das etapas de seu beneficiamento.
Ao que tudo indica, o acidente foi provocado pelo excesso de chuvas que se abate sobre a região da Zona da Mata em Minas Gerais, fato que vem sendo amplamente noticiado, e agravado por tromba d?água que atingiu aquela localidade.
Assim que a ruptura foi detectada, a Mineração Rio Pomba adotou, de imediato, todas as medidas de contingência necessárias a minimizar o impacto do acidente, tendo informado imediatamente a Defesa Civil dos Estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, como também os órgãos ambientais dos dois estados. A empresa encontra-se totalmente empenhada em ações mitigatórias, disponibilizando, inclusive, veículos e pessoal para realizar o abastecimento de água potável e para a limpeza das áreas atingidas.
A indústria da mineração já se colocou à disposição das autoridades de Minas Gerais e Rio de Janeiro, no sentido de contribuir para a busca de soluções que venham a minimizar os impactos resultantes do acidente.”
O Globo