Novos planos de expansão no setor
15/09/08
15 de Setembro de 2008 – De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o ouro é o sexto metal em que mais se investe no País, atrás do ferro, níquel, bauxita, fosfato e cobre. No total, dentro dos próximos cinco anos serão aplicados US$ 56 bilhões em projetos de mineração no Brasil. O valor é 124% maior em relação ao apurado no levantamento realizado no início do ano passado, quando a entidade apontava que seriam aplicados no setor US$ 25 bilhões no período compreendido entre 2007 e 2011. Desde então foram realizados quatro revisões nos dados. Os novos números apontam gastos de US$ 37,3 bilhões em minério de ferro (ante a revisão imediatamente anterior de US$ 27,7 bilhões), o metal é o principal responsável pela alta expressiva dos investimentos. Outras altas são registradas em projetos para produção de bauxita, que deve receber US$ 2 bilhões, ante US$ 1,6 bilhão da previsão anterior, e alumina, cujos investimentos passaram de US$ 2,6 bilhões, para US$ 4,1 bilhões. De acordo com o presidente do Ibram, Paulo Camillo Vargas Penna, os investimentos em ouro só não são maiores devido à carga tributária que incidem sobre o metal. “O Brasil é o segundo país que mais tributa o ouro no mundo, perde somente para a Argentina.” Estudo elaborado pela Ernst & Young a pedido do Ibram apontou que, considerando royalties, imposto de renda e IVA (ICMS e PIS/Cofins), a carga tributária incidente sobre o ouro é de 17,89%. O principal produtor mundial de ouro, a África do Sul, tem carga tributária de 11,92%, a Austrália, segundo maior produtor, de 14% e os Estados Unidos, que está na terceira colocação, 11,5%. A China possui a menor carga tributária entre os principais países produtores, de 10,22% (Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 9)(L. C.)
Gazeta Mercantil