NLMK registra crescimento de 43% em 2017
26/02/18
Apesar da crise econômica no país, principalmente nos setores de indústria e construção, a siderúrgica NLMK está bastante otimista com o mercado para 2018. A companhia obteve teve um crescimento de 43% em 2017 e também aumentou a carteira de novos clientes em 20%. Paulo Seabra, diretor-geral da NLMK South America diz que a alta de receita foi de ordem semelhante, já que os preços não sofreram mudança significativa.
O executivo acredita que os dados de 2017 indicam a ascendência da empresa no Brasil. “Dentro do cenário econômico atual do país, este resultado foi muito bom”, afirma. “Mesmo com câmbio desfavorável, inadimplência como barreira para vendas e a greve na alfândega nos últimos meses do ano, conseguimos crescer”, completa. Segundo ele, outubro foi o melhor mês de faturamento desde que a empresa começou sua operação no Brasil, em 2014.
Para Seabra, o mercado está começando a se recuperar e declara que houve aumento na procura por aços especiais no final de ano. Segundo ele, os setores que mais há demandas são o de caçamba meia cana e, gradualmente, o de caminhões. “O fator que influenciou nosso avanço em 2017 foi que muitas empresas seguraram as compras, mas no último trimestre ficaram com baixo estoque e precisaram repor”, conta. Ainda, ele confirma que os setores sucroenergético e agrícolas foram o que mais puxaram o crescimento da NLMK.
Outra boa notícia, além da receita em alta, foi a conquista de dois contratos importantes de fornecimento em longo prazo. Um deles, de três anos, para fornecedores da Vale, e outro para a Yamana Gold.
Em outra perspectiva, Seabra também atribui esse crescimento às estratégias de produção da empresa: “muitas siderúrgicas no mundo, incluindo as brasileiras, persistem com grande foco no aço comercial, de menor valor agregado, o que impacta pouco na nossa operação, razão pela qual a NLMK se posiciona globalmente entre as usinas siderúrgicas com maior índice de capacidade utilizada (superior a 96%) e com maior lucratividade”, revela. “Outro fator que amplia nossa competitividade é o elevado índice de verticalização que temos pelo fato de possuirmos 100% de autossuficiência em minério de ferro e carvão, gerando aproximadamente 60% da energia que consumimos, além de temos quatro portos próprios para escoar nossa produção”, finaliza.
A NLMK chegou ao Brasil em 2014 e em meados do ano seguinte decidiu ampliar suas operações para o Peru. Agora, já tem operações no Chile, na Colômbia e já se volta para o Panamá.
Sobre a NLMK – Fundada em 1934, a Novolipestsk Steel, NLMK, possui um dos mais eficientes sistemas integrados de aço do mundo. Seus produtos de alta qualidade são utilizados em vários segmentos da indústria, de construção a engenharia de fabricação de equipamentos para geração de energia e turbinas eólicas. Com bases de produção localizadas na Rússia, Europa e Estados Unidos, a companhia é considerada uma das mais rentáveis do mundo.