`Não estamos vendo esta alternativa`, diz Vale sobre compra da CSA
21/05/12
Presidente da companhia reafirmou que o foco da companhia continua sendo mineração, mas que a Vale ficará atenta à negociação para garantir a manutenção de seus direitos
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou há pouco que a companhia “não está analisando a alternativa” de comprar a fatia do grupo alemão ThyssenKrupp na Companhia Siderurgia do Atlântico (CSA), onde é sócia com 26,87% do projeto.
O executivo reafirmou que o foco da companhia continua sendo mineração, mas que a Vale ficará atenta à negociação para garantir a manutenção de seus direitos. Ferreira lembra que participou da elaboração do acordo de acionista da CSA.
Sem manifestar interesse por um candidato em potencial, Ferreira se mostrou disposto a ajudar o grupo alemão na busca de um parceiro para o projeto. “Não temos preferência por A, B ou C. Nossa opção é por quem apresentar o melhor projeto”, disse.
O executivo se mostrou surpreso com o suposto interesse imediato de chineses pela fatia da ThyssenKrupp na CSA, que foi noticiado na imprensa. “Pelo que eu sei, a Thyssen nem contratou um banco de investimento para isso”, concluiu. (Mônica Ciarelli)
Carvão térmico
De acordo com diretor executivo de Fertilizantes da mineradora, Roger Downey, a companhia decidiu reavaliar seu investimento em carvão térmico na Colômbia.
O executivo explicou que a Vale definiu como prioridade os investimentos em carvão metalúrgico, por isso o projeto na Colômbia, que não está dentro desse foco, está sendo reavaliado. “Devemos ficar apenas com projetos que estiverem dentro desse quadro”, disse.
Argentina
Ferreira acredita que em 10 dias o estudo reavaliando o projeto de potássio Rio Colorado, na Argentina, deve ficar pronto. Com base nesse trabalho, a mineradora pretende levá-lo para análise do conselho de administração, que baterá o martelo se a viabilidade do projeto. “Nós temos interesse em participar porque é um projeto de classe mundial de potássio”, disse.
O executivo admitiu que o cenário hoje no país está bem mais incerto, mas não quis entrar na discussão da política local. Recentemente, o governo argentino expropriou ativos da Repsol no país, o que criou um ambiente de maior incerteza para investimentos de estrangeiros.
Estado de S. Paulo