MPX investirá na produção de carvão para termelétricas
17/03/10
A MPX, empresa do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, investirá R$ 3,4 bilhões nos próximos 10 anos para produzir até 20 milhões de toneladas por ano (Mtpa) de carvão mineral na Colômbia. Esta produção visa suprir principalmente a demanda das três usinas termelétricas que atualmente a empresa constrói, sendo duas no Ceará e uma no Maranhão.
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As três usinas totalizam investimentos de R$ 4 bilhões, que deverão garantir 1.440 MW de capacidade instalada. Quando entrarem em operação, de 2011 a 2012, as usinas consumirão mais de 2,7 milhões de toneladas de carvão mineral por ano. Além desses empreendimentos, a empresa tem mais 4.200 MW em desenvolvimento no Rio de Janeiro e no Chile, que somariam mais 8,9 milhões de toneladas ao ano de demanda de carvão mineral.
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?Só a demanda interna de longo prazo da MPX poderá gerar uma demanda de 11,6 milhões de toneladas por ano?, informou o presidente da MPX, Eduardo Karrer.
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Ele explicou que a consolidação dos investimentos na produção de carvão mineral é uma etapa importante na estratégia de verticalizar recursos naturais com geração de energia elétrica. ?O Sistema MPX Colômbia terá capacidade para abastecer a demanda das nossas usinas no Brasil e no Chile?, confirmou Karrer.
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A área em desenvolvimento para exploração de carvão mineral na Colômbia está localizada no Departamento de La Guajira, próxima à região da mina de Cerrejon, que hoje produz cerca de 30 Mtpa e é uma das principais zonas produtoras de carvão mineral no país. Segundo o plano de desenvolvimento, divulgado ontem, a MPX investirá R$ 2 bilhões na produção do minério e R$ 1,4 bilhão em soluções logísticas. A empresa estima potencial de 1,7 bilhão de toneladas de carvão mineral.
R$ 660 milhões – Na primeira fase do projeto, que será desenvolvida de 2012 até 2015, a companhia prevê investimentos de R$ 660 milhões para produção de 7 milhões de toneladas de carvão mineral e na implantação de um porto próprio com capacidade de 10 milhões de toneladas. O carvão chegará ao porto por meio de rodovias, já que as áreas estão localizadas a menos de 150 quilômetros da costa do país.
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?Vamos começar a produzir carvão em dois anos e poderemos atender à demanda das três usinas em construção no Brasil. Utilizaremos os portos existentes no primeiro momento, mas investiremos R$ 510 milhões e teremos um porto próprio a partir do final de 2013?, afirmou Eduardo Karrer.
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O Estado do Maranhão