Morales lança política de mineração e metalurgia, sem nacionalizar
31/10/06
LA PAZ – O presidente da Bolívia, Evo Morales, lança nesta terça-feira uma nova política de mineração e metalurgia em meio às fortes tensões entre pequenos empresários cooperativistas, mineiros assalariados e o governo, segundo decreto do gabinete aprovado à meia-noite.
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A política de reativação do setor “não é uma nacionalização”, explicou na manhã desta terça-feira o porta-voz da Presidência Alex Contreras, na casa de governo. Segundo ele, o decreto revitaliza a estatal Corporação Mineira da Bolívia (Comibol) que vai contratar nesta terça-feira, como trabalhadores regulares, 4. 000 cooperativistas na mina de Huanuni, onde um enfrentamento entre mineiros deixou 16 mortos em outubro.
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O vice-ministro de coordenação com Movimentos Sociais, Alfredo Rada, disse que o novo plano, além de ajudar a Comibol, preserva os interesses do Estado, incentiva os investimentos privados e garante as operações dos cooperativistas que, com o anúncio de protestos, abortaram as expectativas oficiais de nacionalizar as minas.
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A poderosa Federação de Cooperativas Mineradoras (Fencomin) reúne cerca de 60 mil operários e é abertamente contra a nacionalização do setor. Com o anúncio do decreto de revitalização do setor, em Huanuni, por volta do meio-dia desta terça-feira, “inicia-se uma nova política nacional de mineração e metalurgia”, declarou Rada.
Agência AFP