MMX descobre reserva rica em minério de ferro
07/03/08
A MMX Mineração descobriu reservas de minério de ferro que multiplicam por dez as jazidas já existentes. As novas minas do sistema de produção de Corumbá, no maciço de Urucum, demandarão mais uma usina de beneficiamento do minério, além da unidade que já processa a matéria-prima na região. As reservas provadas de 32 milhões de toneladas, segundo o gerente de mineração da empresa Rodrigo dos Anjos Xavier, deverão chegar 370 milhões de toneladas, na mais conservadora das hipóteses. A região toda, considerando ainda as reservas sob concessão das concorrentes Vale e Rio Tinto, podem abranger um total de um bilhão de toneladas da matéria-prima.A MMX já solicitou junto a certificadoras canadenses registro de 70 milhões de toneladas de minério de ferro em Corumbá. Outros 300 milhões de toneladas descobertos do produto serão certificados após um estudo que deverá ser concluído em cerca de seis meses.A abundância do produto, além de exigir a construção de uma nova usina, tornará ainda mais necessária a melhoria da ferrovia da região, sob concessão da empresa ALL. Há planos de parceria, para viabilizar os investimentos na ferrovia.A MMX processa o minério de Corumbá na siderúrgica própria próxima da produção. Transformado em ferro gusa, a maior parte segue vai para o exterior, enquanto a planta de produção de aços longos, vergalhões, não fica pronta. O projeto está previsto para começar a operação em 2009, como destaca o gerente geral de Metálicos da MMX, Paulo Roberto de Azevedo. Para escoar a carga atual – são 2,2 milhões de toneladas anuais de minério -, a MMX usa caminhões e carretas com capacidade de 27 toneladas. Cerca de 70% da produção é embarcada no porto de Corumbá e pelo Rio Paraguai chega à; Argentina. De lá, a carga segue para a Argentina, onde é distribuída para os comprados, países europeus e sul-americanos. O plano do presidente do grupo EBX, Eike Batista, é levar a carga até porto Brasil, no litoral paulista, quando o projeto da empresa estiver concluído.A atividade mineradora destoa da paisagem do pantanal. Mas o executivo da MMX lembra que após a exaustão da mina e dos morros, a empresa fará reflorestamento da área. Uma parte do morro, por conter minérios que não interessam à; empresa, não será eliminada.Para evitar problemas com o Ibama e garantir energia, a MMX desenvolveu um sistema próprio de plantação de eucalipto. No município de Dois Irmãos do Buriti, a 400 quilômetros das minas de Corumbá, a empresa planeja plantar 34 mil hectares de floresta. Outros 15 mil hectares de reserva serão preservados segundo frisou o Antonio José de Sousa, gerente florestal da MMX. A empresa deixou de comprar carvão de fornecedores do pantanal depois de uma multa aplicada pelo Ibama.
Gazeta Mercantil