21/01/15

A mineradora peruana Minsur, dona da Mineração Taboca, que produz estanho na mina Pitinga, em Presidente Figueiredo (AM), vai injetar até US$ 12 milhões na operação brasileira. Os recursos serão obtidos junto a bancos brasileiros por meio de cartas de fiança. A informação consta de comunicado enviado para a bolsa de valores do Peru pela Minsur na sexta-feira (16).
A empresa, que é a terceira maior produtora mundial de estanho, vai aportar também US$ 51,5 milhões na empresa Cumbres Andinas, que tem os direitos da mina de cobre Justa, no Peru. O valor será aportado ao projeto nos próximos 12 meses. A fabricante chilena de cimentos, a Cementos Melón, que faz parte do grupo, receberá US$ 4,7 milhões.
A Minsur, que vendeu em 2014 US$ 450 milhões em títulos de dívida, trabalha na preparação do estudo de pré-viabilidade do projeto de cobre na mina Justa, uma joint venture com a Korea Resources e a LS-Nikko, de acordo com informações da BNAmericas. A mina Justa tem reservas de 3,3 milhões de toneladas de minério de cobre.
Nos planos da Minsur está também a duplicação da produção de cassiterita na mina Pitinga, onde se planeja construir uma planta de flotação para aumentar a taxa de recuperação de estanho, nióbio e tântalo, disse em novembro o CEO da Minsur, Juan Luis Kruger. A companhia pretende iniciar a construção assim que concluir o estudo de viabilidade, disse o executivo durante uma teleconferência.
Um projeto que visa o tratamento de rejeitos na mina de San Rafael, no Peru, também terá um estudo preliminar de viabilidade pronto no meio do ano. O projeto, chamado de B2, pode aumentar a produção de estanho entre 5 mil e 6 mil toneladas por ano.
A produção total de estanho nas minas da Minsur no Peru e no Brasil caiu 1% para 6.852 toneladas no terceiro trimestre, de acordo com os relatórios trimestrais da empresa. A produção de ouro na mina de Pucamarca, no Peru, caiu 10% para 24.988 onças, enquanto a produção de nióbio e tântalo, em Pitinga, cresceu 5% para 781 toneladas.
A Mineração Taboca, dona da mina Pitinga, foi vendida em 2008 pela Paranapanema para a Minsur. A mina, que fica a 300 quilômetros de Manaus, tem recursos da ordem de 420 mil toneladas de estanho, 504 mil toneladas de Nb2O5 e 53 mil toneladas de Ta2O5.
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