Mineradoras vão criar fundo contra o efeito estufa
08/07/07
;O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) estuda a criação de um fundo para permitir às empresas do setor adotar medidas de desenvolvimento sustentável, principalmente no que se refere às exigências ambientais definidas pelo Protocolo de Quioto, que define medidas para reduzir a emissão de gases que provocam o aquecimento global. “As discussões ainda precisam avançar, mas o fundamental é transmitir às mineradoras a necessidade de modernizar seus processos produtivos, dando a elas sustentabilidade socioambiental”, afirma o diretor de assuntos ambientais do Ibram, Rinaldo Mancin. Para permitir a participação de todos (o setor tem de megaempresas como a Vale do Rio Doce até pequenas empresas de extração de areia), a idéia é de que o fundo tenha baixo custo de capitalização, a partir de ativos que as mineradoras já dispõem ou podem criar como, por exemplo, mecanismos de desenvolvimento limpo previstos no Protocolo de Quioto, que dão direito à emissão de créditos de carbono, vendidos hoje no mercado a cerca de 14 euros por tonelada de gás carbônico ou seu equivalente que a empresa deixa de emitir. “Não há como pensar o futuro da mineração no Brasil dissociado da noção de sustentabilidade ambiental e social”, afirma Mancin. “As tendências apontam para o fato que a empresa que não adequar seus conceitos e visões nesses campos estará fadada a deixar o mercado no médio e longo prazo. As sociedades evoluem e as contingências ambientais e sociais se ampliam diariamente.”Têm participado das reuniões para a criação do fundo de carbono empresas como Alcoa, Anglogold Ashanti, BHP Billiton, Vale do Rio Doce, Embu e Votorantim Metais. Algumas delas já fizeram ou estão em fase de conclusão dos inventários de emissões de gases de efeito estufa.
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