29/08/14

As companhias ligadas ao setor de mineração como a InterCement, Magnesita, Gerdau e Vale estão entre as empresas sediadas no Brasil que atingiram elevado índice de internacionalização no ano passado, segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral. A pesquisa considera a presença de ativos no exterior, as receitas obtidas e o número de empregados.
A siderúrgica Gerdau e a fabricante de cimento InterCement ocupam a segunda e terceira posição do ranking de internacionalização liderado pela Construtora Norberto Odebrecht. A Magnesita é a sexta empresa que mais de internacionalizou em 2013.
O índice de internacionalização, ou transnacionalidade, é resultado de três cálculos feitos pela Fundação Dom Cabral, considerando a participação dos ativos obtidos no exterior em relação aos ativos totais; a participação das receitas obtidas no exterior em relação às receitas totais; e a quantidade de funcionários que a empresa tem no exterior em relação ao quadro geral de empregados da companhia.
A Vale, com presença em 27 países, é a terceira empresa na lista em número de países em que as companhias possuem ativos. A Stefanini com negócios em 32 países, e a fabricante de motores elétricos WEG, com 31, ficaram com as primeiras posições da lista.
No cálculo por índice de ativos, a Magnesita lidera, seguida pelo frigorífico Minerva Foods, Stefanini, Metalfrio e Gerdau. Considerando apenas as receitas, a liderança pertence à JBS, seguida pela Norberto Odebrecht, Magnesita, Marfrig e Gerdau. Já no índice de funcionários, a InterCement ocupa o primeiro lugar, seguida por Marfrig, JBS, Metalfrio e Gerdau.
As companhias brasileiras alcançaram 22,9% de internacionalização no ano passado, o mesmo indicador atingia 21,3% em 2012. 52 multinacionais e 14 empresas que atuam no exterior, por meio de franquias, participaram pesquisa.
O ranking mostra que as multinacionais analisadas atuam em 89 países. Desses, os Estados Unidos são os que mais têm presença de brasileiras, com 39 empresas no total.
Os EUA são seguidos neste ranking por Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia, Peru, México, China, Venezuela, Paraguai, Portugal, Bolívia e Reino Unido, entre os que mais têm presença de multinacionais brasileiras.
O estudo mostra que, em 2013, cinco empresas brasileiras deixaram a Argentina, o que foi motivado, na avaliação do estudo, pela situação econômica do país vizinho.
O coordenador da pesquisa, Sherban Cretoiu, afirmou, no estudo, que as empresas se revelaram mais otimistas com as vendas no exterior do que no Brasil, o que pode ter relação com a desaceleração do mercado interno.
De acordo com o levantamento, 65,1% das companhias analisadas pretendem expandir sua os négocios este ano em países onde já possuem ativos. Além disso, 55,6% pretendem entrar em novos países. Com informações da FDC.
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