Mineradora perde espaço para estação ecológica
15/02/07
Cristina Amorim
O Pará negou à Rio Tinto, a terceira maior empresa de mineração do mundo, um pedido de licença de pesquisa minerária devido à criação de uma unidade de conservação de proteção integral a norte do Rio Amazonas. A empresa fazia prospecção de bauxita na cabeceira esquerda do Rio Curuá há dois anos e pediu a renovação da licença neste ano. Porém, agora parte da área trabalhada fica dentro dos limites da nova Estação Ecológica Grão-Pará, criada em dezembro do ano passado – onde a atividade é proibida.Segundo a empresa, há uma tentativa de entendimento com o Estado. Já o secretário de Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega, diz que só será renovada a licença para a área externa à estação. ?Não há possibilidade (de prospecção na área interna).?PRIMEIRO PASSOOrtega se reuniu ontem com representantes do Museu Goeldi e das ONGs Imazon e Conservação Internacional para definir o plano de implementação da Grão-Pará e de outras seis unidades estaduais criadas na mesma data, em três anos.A equipe usará um sistema inédito, que reunirá dados sociais, biológicos e econômicos, entre outros, para definir o zoneamento das unidades – o uso sustentável é permitido em cinco delas. É previsto o gasto de US$ 8,5 milhões nestes três anos, e um fundo fiduciário calculado em US$ 40 milhões.
O Estado de São Paulo