07/10/21

Painel “Governança social e ambiental na Amazônia”

A aplicação de uma política social e ambiental eficaz, que possa contemplar tanto o aspecto comunitário quanto o desenvolvimento econômico e, ainda, a composição ecológica de um território abundante em recursos, como ocorre na Amazônia, é uma responsabilidade coletiva e que deve ser articulada por todos os envolvidos neste contexto. Esta foi a conclusão de ambientalistas, líderes e representantes do poder público em um painel promovido pela EXPOSIBRAM 2021, na manhã desta quinta-feira (7/10).

Para saber mais sobre o que foi debatido neste painel assista à gravação no ambiente virtual da EXPOSIBRAM. É só fazer a inscrição gratuita.

Logo no início do encontro, o moderador Bruno Gomes, sócio da Humana, abriu o painel “Rede de financiamento para a mineração” enfatizando o debate sobre o futuro da mineração e a relação socioambiental entre a atividade minerária na região. A empresa cria estratégias integradas para o desenvolvimento territorial e de organizações. “A gente tem visto decisões simbólicas do setor mineral. O setor vem crescendo, mas valorizando o que a Amazônia representa para o mundo sob aspectos não só ambientais, mas políticos e sociais”, argumentou.

Em seguida, Roberto Waack, membro do Instituto Arapyaú, enfatizou o tamanho da pluralidade da Amazônia, esclarecendo a respeito do quanto o ecossistema representa para mosaicos de atividades industriais, de comodities e ecológicos. “Não existe uma única Amazônia. No mínimo, a gente tem que relativizar o que é a Amazônia, o que representa a Amazônia para o Brasil. Certamente ela não é o resto do país, é o centro”, argumentou.

Roberto Waack, membro do Instituto Arapyaú

Adiante, Daise Melo, diretora-presidente da Instituto Juruti Sustentável (IJUS), lembrou os primórdios da mineração na região da Amazônia e falou a respeito do relacionamento entre indústria e comunidade originária, tendo em vista a extração e a qualidade de vida da sociedade civil. “É possível a gente conviver e conviver bem com o projeto da mineração. Desde que haja diálogo, respeito e soluções entre comunidade e empresas minerárias para lidar com o impacto ambiental”.

Ainda explicando o papel da comunidade para a aplicação de uma boa governança na Amazônia, Vladimir Moreira, diretor de sustentabilidade e jurídico na Mineração Rio do Norte, contou como o relacionamento entre associações e grupos de habitantes da região influenciam de forma positiva na fundamentação de uma política social e ambiental. “Podemos vislumbrar uma atividade econômica em grande escala em uma área de interesse para comunidades, mas, para isso, precisamos construir soluções com o envolvimento de todos os interessados para que estas  sejam aplicadas e respeitadas sem contestação”, disse.

Daise Melo, diretora-presidente da Instituto Juruti Sustentável (IJUS)

Já o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do estado do Pará, Mauro de Lima O’ de Almeida, apresentou o Plano Amazônia Agora. “É um plano de desenvolvimento que inclui o combate ao desmatamento, o combate ao efeito estufa, bem como um plano de incentivo às cadeias coorporativas, o combate à fome e ainda um plano socioeconômico”, explicou.

Em 2021, a EXPOSIBRAM acontece de forma integralmente virtual entre os dias 5 e 7 de outubro. Interessados em assistir os debates, participar de minicursos técnicos e conferir remotamente os expositores tem uma última oportunidade de se inscrever gratuitamente por meio do site (https://cutt.ly/TEPS5rg).

 SERVIÇO

EXPOSIBRAM 2021
5 a 7 de outubro – 100% online
Inscrições gratuitas – https://cutt.ly/TEPS5rg

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