Mineração peruana enfrenta conflitos sociais para continuar crescendo
20/10/16
?É impossível conceber o Peru sem a mineração?. A afirmação é de Romulo Mucho Mamani, ex-vice-ministro de Energia e Minas do Peru. O país, no entanto, enfrenta forte resistência à implementação de novos projetos mineradores. ?Onde há grandes investimentos, há conflito. Seria de estranhar se não houvesse?, disse Mucho no painel ?O Futuro da Mineração nas Américas?, realizado nesta quinta-feira (20/10), no 24º World Mining Congress, no Rio de Janeiro.;Os conflitos sociais causam grande prejuízo ao setor. Mucho lembrou que a mina de cobre de Las Bambas, projeto de US$ 10 bilhões, está parado por conta de protestos violentos. ?Nós alertamos o governo de que isso poderia acontecer, mas eles não prestaram atenção?, disse. Segundo Mucho, para superar as diferenças, é preciso convencer a sociedade da importância da mineração, setor que representa 15% do PIB peruano. ?As pessoas precisam entender que mineração é ciência, é investimento, é desenvolvimento?, afirmou. E mesmo com todas as restrições, a demanda por minério vai continuar crescendo em todo o mundo. ?Se a América Latina não receber esses investimentos, eles irão para outra parte?, concluiu.;Em sua apresentação no mesmo painel, o presidente do Organismo Latinoamericano de Minería (Olami), Hugo Nelson, afirmou que a judicialização das decisões envolvendo a Indústria de Mineração na América Latina é um risco para o setor. ?Há exemplos na Colômbia, e em outros países, como El Salvador, onde uma decisão judicial abriu a possibilidade de se proibir a atividade mineradora no país?, afirmou Nelson. Segundo o presidente da Olami, a tendência é preocupante. ?Se espalhar na região, pode causar muita insegurança e afastar investimentos no setor”, concluiu.
IBRAM