Mineração na Bahia atrai australianos
07/04/08
A Mirabela Mineração do Brasil, da australiana Mirabela, acelera a contagem regressiva para o início das operações no município do Itagibá, distante 370 km de Salvador. A partir de abril do ano que vem, a companhia deverá iniciar a exploração de minério de níquel no município, com a previsão de extrair pelo menos 160 mil toneladas do produto por ano.
A mineração é intensiva em mão-de-obra, e, apenas na fase de implantação do negócio, pelo menos 1,4 mil empregos foram gerados, por conta da chegada da Mirabela.; O processo extrativo deverá empregar aproximadamente; 500 pessoas, além de outros 1,5 mil empregos indiretos, avalia Paulo Oliva, gerente geral da Mirabela Mineração do Brasil.
Ele ainda acrescenta que o impacto ambiental da extração do concentrado na região seria mínimo, tendo em vista que a área onde a planta da empresa foi instalada era um antigo pasto para gado.
O projeto, como um todo, envolve investimento de R$ 700 milhões, dos quais; R$ 100 milhões investidos até o presente momento.
Exportações ? Oliva explica que a produção será dividida praticamente meio a meio, entre o mercado brasileiro e internacional, via exportações.
O valor do níquel no mercado internacional, atualmente, alcança cerca de US$ 28 mil, a tonelada. As jazidas de Itagibá devem durar pelo menos 20 anos, conforme estudos da Mirabela. A área de concessão para a exploração do metal alcança cerca de mil hectares.
Estratégia ? A chegada da Mirabela a Itagibá faz parte da estratégia do governo baiano de enobrecer a pauta; de extração mineral no Estado, algo observado desde o ano passado. O objetivo é aumentar a receita do governo via royalties, além de incrementar a geração de emprego e renda.
Outras empresas, como a Galvani Mineração e a Votorantim, fortalecem posição no mercado baiano, a partir da conquista de áreas de exploração ofertadas ao mercado, através de licitações.
A Tarde Online