Minas de ferro pouco exploradas ganham novo perfil estratégico
27/08/08
A busca pelo aumento rápido nos volumes de produção de minério fizeram com que minas ainda pouco exploradas ganhassem novo perfil estratégico. Este é o caso da região de Corumbá (MS), que ressurge como um dos principais destinos de investimentos do setor. Somente a Rio Tinto planeja investir US$ 2,15 bilhões na expansão da sua mina de minério de ferro na cidade. A meta é expandir a capacidade anual em mais de seis vezes, passando de 2 milhões de toneladas/ano para 12,8 milhões de toneladas/ano em 2010. A empresa vai conduzir, ainda, estudo de viabilidade, a ser concluído até a metade de 2009, para a segunda fase da expansão, que elevaria a capacidade para 23,2 milhões de toneladas por ano. O volume total de investimentos será usado para a expansão da mina de Corumbá e a cadeia logística associada, incluindo US$ 42 milhões para financiar os estudos de viabilidade para a segunda fase.
O investimento em Corumbá traz para aproximadamente US$ 11 bilhões o total de aporte de capital que a Rio Tinto comprometeu desde 2003 para desenvolver os seus negócios de minério de ferro. Quando assumiu as atividades da mina, em 1992, a produção local era de apenas 564 mil toneladas por ano. Dois novos portos serão construídos juntamente com a infra-estrutura necessária para conectar a cadeia de fornecimento multinacional nos 2,5 quilômetros da hidrovia Paraguai-Paraná. Em recente evento no Rio de Janeiro, o principal executivo da Rio Tinto, Tom Albanese, disse que “este é um passo adiante muito significativo na nossa intenção de estender as operações de minério de ferro para além da região de Pilbara, na Austrália”.
A MMX, de Eike Batista, também tem o Sistema Corumbá entre suas prioridades para os próximos anos. A empresa pretende investir, somente na área de mineração, US$ 62 milhões para permitir que a produção salte das atuais 2,1 milhões de toneladas/ano, para 6,3 milhões de toneladas/ano em 2012. Há, ainda, US$ 333 milhões previstos para uma planta de tarugos na região. Tanto a Rio Tinto, quanto a MMX, vêm tentando criar em Corumbá um grande pólo siderúrgico. As empresas estão em busca de parceiros nacionais e internacionais dispostos a investir no setor.
Agência Estado / Brasil Infomine