22/04/10

O projeto da Vale para extrair níquel na mina de Goro, na Nova Caledônia, ainda não entrou em operação devido a “soluços” na sua fase de licitações, disse um porta-voz da empresa na quarta-feira.
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O lançamento da mina de Goro já foi adiado várias vezes ao longo do último ano e meio, devido a excesso de gastos, oposição ambiental e à escassa demanda global por níquel.
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A brasileira Vale esperava começar a produção em janeiro, mas disse que houve um adiamento por causa de uma autoclave, usada na tecnologia de lixiviação ácida de alta pressão.
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A Vale disse em março que esperava então começar a operar no começo de abril a mina localizada nessa possessão francesa do Pacífico.
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“Eles estão chegando perto, mas eu não gostaria de atribuir um cronograma para isso”, disse Cory McPhee, porta-voz da Inco, divisão de níquel da Vale, em Toronto. Ele atribuiu os sucessivos adiamentos a “soluços normais associados à contratação de equipamentos.”
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Goro é parte de uma nova leva de grandes minas de níquel laterítico que devem ter importância cada vez maior na produção global de níquel.
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As técnicas de processamento do níquel laterítico -inclusive a lixiviação ácida de alta pressão- já foram problemáticas no passado, e os avanços em Goro podem afetar a forma como o mercado enxerga outros projetos semelhantes.
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O projeto de 4,3 bilhões de dólares da Vale deve no futuro produzir 60 mil toneladas de níquel por ano, cerca de 5 por cento da produção global.
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A empresa esperava produzir 20 mil toneladas já neste ano. McPhee não quis especular sobre cifras atualizadas até que a mina esteja em pleno funcionamento.

O Globo