Mina de Itataia: Carta-consulta já está aprovada pelo BNB
09/01/09
Galvani, empresa parceira na exploração, deverá entregar projeto detalhado para a avaliação do bancoJá está aprovada pelo Banco do Nordeste (BNB) a carta-consulta pela qual a empresa Galvani solicita empréstimo para iniciar o projeto de instalação das usinas de exploração de fosfato e urânio na jazida de Itataia. O documento, que pede um financiamento no valor de R$ 380 milhões, recebeu parecer favorável no final do ano passado pelo banco.A carta-consulta é um documento pouco detalhado, com apenas as informações básicas do pedido de financiamento. A partir de então, a empresa deverá entregar ao BNB um projeto esclarecendo todas as informações de como irá utilizar os recursos.De acordo com a assessoria de imprensa da Galvani, o projeto ainda está em formatação. No momento, tanto os executivos da Galvani como das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa estatal que ficará responsável pelo beneficiamento do urânio, estão de recesso. Na próxima semana, eles devem se reunir para definir os últimos detalhes e enviar o projeto à instituição de fomento. Após isso, banco e empresa irão discutir as garantias do pagamento do empréstimo, para a posterior assinatura do contrato.Segundo o presidente do BNB, Roberto Smith, existe uma predisposição para aprovar o financiamento, já que o projeto de Itataia é considerado, dentro do banco, como estratégico não só para o Ceará, como para o Nordeste.O valor o total do empréstimo que a empresa solicitou ao BNB é de R$ 556 milhões. O restante dos recursos devem ser repassados em 2010. Em dezembro último, o governador Cid Gomes solicitou ao Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para que a exploração da mina seja considerada estratégica pela superintendência.A concretização do pedido implicaria em um limite maior de financiamento pela instituição. O Mina de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria, a 222 quilômetros de Fortaleza, é um projeto orçado em aproximadamente R$ 700 milhões. A aplicação de todos os recursos para a instalação das usinas está sob a responsabilidade da Galvani, como uma das condições para a sua escolha como parceira da INB na exploração da jazida.
Diário do Nordeste