Mhag mineradora vende 30% de seu capital social
24/07/07
A mineradora Mhag, cujo principal negócio está localizado na cidade potiguar de Jucurutu, vendeu 30% do seu capital social para a trading Noble Group. Além dos R$ 112,1 milhões de investimento do negócio que vão proporcionar o aumento da produção em seis vezes, a nova sócia trará sua estrutura logística, que conta com os 170 navios trabalhando no mercado internacional. O investimento incluirá uma unidade industrial para pelotização, com capacidade de cinco milhões de toneladas por ano, assim como em um mineroduto de aproximadamente 130 km, ligando Jucurutu a Porto do Mangue. ?O grupo é muito forte, atua em nível mundial, e também vai atuar tanto na comercialização dos nossos produtos quanto na logística?, disse o diretor-presidente da Mhag, Pio Sacchi, à Tribuna do Norte. De acordo com Sacchi, a previsão é que, com o aporte, a produção mensal da mineradora saia das atuais 50 mil toneladas mensais para 300 mil toneladas por mês, totalizando 3,6 milhões de toneladas por ano. Um crescimento que precisará de mais mão-de-obra para ser sustentado, mas, por enquanto, Sacchi prefere não revelar quantos novos trabalhadores serão contratados. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente do conselho administrativo da Mhag, Edson Duda, disse que a reserva de minério da empresa é de 3,7 bilhões de toneladas. Segundo ele, depois da abertura de capital, a mineradora vai chegar a 10 milhões de toneladas. Ele diz isso porque, com o negócio fechado, agora a Mhag se prepara para fazer uma oferta inicial de ações no final de 2008. Na reportagem , Duda disse ainda que a mineradora recebeu seis propostas de interessados em se associar, mas a opção foi pela Noble ?justamente porque agrega potencial logístico e comercial?. A Campina Grande Participações, de propriedade de Duda, manteve os outros 70% da Mhag sob seu controle. Com sede em Hong Kong, o Noble trabalha em áreas como logística, commodities, combustíveis e agricultura. Este é o terceiro investimento que o Noble, com faturamento anual de US$ 13,8 bilhões em 2006, faz no Brasil neste ano. Em fevereiro, o grupo comprou por US$ 70 milhões uma a usina de açúcar e álcool Petribu Paulista. Em janeiro, o grupo já havia pago US$ 18 milhões por cinco armazéns de grãos no Mato Grosso e no Paraná.
Tribuna do Norte – RN