Representantes do Governo de MG apresentam plano de ação climática para associados do IBRAM
04/11/22
Ações climáticas no Estado de Minas Gerais serão também apresentadas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27)
Plano de inovação para descarbonização, combate ao desmatamento, melhor uso da terra, fortalecimento e expansão da produção de energia solar, ações de remoção de gases do efeito estufa, projetos de fomento de conversação e recuperação de áreas. Estas são algumas das ações previstas pelo Governo de Minas Gerais no Plano Estadual de Ação Climática do Estado (PlAC-MG).
As ações implementadas em Minas e o planejamento da agenda climática do estado para os próximos anos foram temas da reunião virtual dos associados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), nesta quarta-feira, 3 de novembro de 2022. Este material será também apresentado pelos representantes do Governo na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), que será realizada entre os dias 6 a 18 de novembro, no Egito, com o intuito de demonstrar o diferencial competitivo de Minas Gerais no setor industrial.
O diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, ressaltou durante a abertura do encontro virtual, que também contou com a participação da diretoria e de dezenas de representantes de associados do Instituto, a importância do debate sobre a agenda climática de Minas Gerais. “Mensalmente o IBRAM reúne seus associados para tratar sobre assuntos importantes para o setor mineral nacional e internacional de forma a esclarecer as temáticas e entender os anseios e interesses daqueles que fazem parte do Instituto. Hoje, teremos a oportunidade de saber como será a participação de Minas na COP27, além de perspectivas ambientais do Estado para os próximos anos”, diz.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo, o estado representa 10% da população brasileira, 35% do Produto Interno Bruto (PIB), e apenas 7,4% das emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE).
“Estes números se referem aos diversos setores, cada um dentro da sua competência, dentro da sua função, seja no controle da emissão, seja também na captura, e diz muito sobre o compromisso do setor produtivo do Estado com uma agenda de sustentabilidade, que obviamente culmina numa agenda de mudança do clima, de redução de emissão de gases de efeito estufa”, disse.
Melo ainda reforçou a relevância da agenda ambiental, seja no setor privado ou no setor público, que gera efetividade no controle da emissão de GEE. “É muito importante que sejam mostrados os nossos resultados na COP. Esse é um diferencial competitivo para as nossas indústrias, para a nossa agricultura, especialmente em um mercado cada vez mais exigente por requisitos de controle ambiental no processo produtivo. É importante mostrar para o mundo que Minas Gerais já tem esse diferencial competitivo”, disse.
O PLAC-MG tem como principal objetivo apontar a trajetória do território estadual em direção a atingir o cenário de neutralidade de emissões líquidas de GEE até 2050 e se adaptar aos efeitos da mudança do clima, minimizando as possíveis perdas materiais e imateriais.
O diretor da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas (FEAM), Renato Teixeira Brandão, também participou da live com associados do IBRAM. Ele explicou que o trabalho iniciou com o Plano de Energia e Mudanças Climáticas, em 2014/2015. “Com um novo cenário, inclusive com o estado assumindo o compromisso de zerar suas emissões até 2050, a ideia foi trabalhar atualizações, além de melhorar diagnósticos das ações governamentais e de inovação. Assim, foi possível revisitar esse plano de energia e transformando em um plano de ação climática com as principais ações de governo para apoiar a implementação e o objetivo de zerar emissões de GEE”, disse
O diretor de Relações com Associados e Municípios do IBRAM, Alexandre Mello, ressaltou que a agenda climática mineira pode servir de modelo para outros estados do Brasil. “Vejo uma convergência muito grande do plano desenvolvido em Minas com as ações que o setor mineral mineral implementa, não só no estado, mas em todo o território brasileiro“.