Metais sobem e cobre atinge máxima em 3 semanas com compras chinesas
05/03/09
Os metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) registram alta hoje, ajudados pelos ganhos nos mercados de ações da Ásia e da Europa. O cobre atingiu a máxima em três semanas, com a queda nos estoques fortalecendo a expectativa de uma recuperação sustentada na demanda chinesa. Às 8h51 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado a US$ 3.597,00 por tonelada na LME, alta de US$ 58,00 ante o fechamento de ontem, depois de alcançar o maior patamar em três semanas, a US$ 3.615,00 por tonelada. O alumínio avançava US$ 22,25, a US$ 1.337,25,00 por tonelada, e o zinco ganhava US$ 43,00, a US$ 1.177,00 por tonelada. O chumbo tinha valorização de US$ 46,00, a US$ 1.121,00 por tonelada, e o níquel subia US$ 150,00, a US$ 9.800,00 por tonelada. Já o estanho perdia US$ 50,00, a US$ 10.800,00 por tonelada. Na Comex eletrônica, às 10h (de Brasília), o contrato do cobre para março avançava 1,09%, para US$ 1,6220 por libra peso.,Os estoques de cobre da LME caíram pela sexta sessão seguida, perdendo 4.850 toneladas para 526.025 toneladas.
As garantias canceladas, que indicam que metais comprados sairão em breve dos estoques, aumentaram para 64.400 toneladas, o equivalente a 12,24% dos estoques totais. Esse é o nível mais alto desde maio de 2008 e deve-se em grande parte a importações chinesas, segundo o analista Michael Widmer, do BNP Paribas. O aumento dos cancelamentos de garantias de cobre e de zinco reforça a esperança de que a demanda por metais na China esteja se recuperando. “Toda a economia mundial está em colapso, mas, na China, que é o maior consumidor de metais, há sinais de uma recuperação”, disse ele.
Entretanto, uma recuperação sustentada ainda pode estar um pouco distante, já que dados mais recentes sobre a indústria chinesa foram fracos. Segundo traders, as importações da China correspondem mais a arbitragem e reabastecimento, sendo que apenas uma pequena porção das importações é para consumo real. De acordo com um operador, os preços do cobre devem avançar no curto prazo quando o material referente aos cancelamentos de garantia for retirado e os estoques caírem abaixo de 500.000 toneladas. Mas, como a diferença de preço entre o cobre da LME e o da Bolsa de Futuros de Xangai está diminuindo, as importações chinesas podem sofrer redução. “Se a China começar a desacelerar as importações, acredito que os preços começarão a cair novamente”, disse ele.
Agência Estado / Brasil Infomine