Metais recuam com queda na produção industrial da zona do euro
14/05/09
Os metais básicos negociados na London Metal Exchange operam em baixa, acompanhando o declínio das bolsas e reagindo à queda recorde em base anual na produção industrial da zona do euro em março, afirmaram operadores. Segundo alguns analistas, o rali recente dos metais básicos da LME não foi guiado por fundamentos e, por isso, alguma consolidação dos preços é esperada. A produção industrial na zona do euro caiu 2% em março em relação a fevereiro e 20,2% em comparação a março do ano passado. A queda anual é a mais profunda desde que os registros foram iniciados em janeiro de 1990.
Por volta das 6h55 (de Brasília), o cobre era negociado a US$ 4.575 a tonelada métrica, queda de 0,4% em relação ao fechamento de ontem. O alumínio cedia 0,5%, a US$ 1.539 a tonelada. O zinco era negociado a US$ 1.520 a tonelada, em baixa de 1,2%, enquanto o níquel recuava 0,8%, a US$ 12.945 a tonelada, e o estanho perdia 0,7%, a US$ 13.925 a tonelada. Na contramão, o chumbo subia 0,3%, a US$ 1.478,75 a tonelada. Na Comex, às 9h28 (de Brasília), o cobre para julho estava cotado a US$ 2,0425 a libra-peso, em queda de 2,13%. De acordo com o analista Robin Bhar, da Calyon, os preços mais elevados dos metais básicos depois do rali recente não refletem os registros de encomendas dos produtores.
“(O rali) foi guiado pelo sentimento, na crença de que o pior já passou”, afirmou Bhar, acrescentando que um recuo é possível, ainda que compras por consumidores possam limitar o declínio. O cobre voltou a ser negociado de forma que os preços para entrega futura estão mais elevados do que os para entrega imediata, ao contrário do que aconteceu no final do mês passado. Isso indica que não há aperto imediato de oferta na LME, afirmou o analista da VTB Capital Andrey Kryuchenkov. Além disso, segundo o analista, a tradicional arbitragem entre Xangai e Londres parece menos atrativa e as compras chinesas diminuíram.
Agência Estado / Brasil Infomine