Metais operam em queda e alumínio atinge menor nível desde 2002
19/02/09
Os metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) registravam, em sua maioria, baixa nesta quarta-feira, pressionados pelo aumento dos estoques e pelo humor negativo nos mercados financeiros. O alumínio atingiu o menor patamar desde outubro de 2002 devido a um expressivo aumento de 140.000 toneladas em seus estoques na LME. Apesar de alguns metais estarem atingindo os menores níveis em meses e anos, a maior parte deles está operando no intervalo esperado, e provavelmente testará o piso desse intervalo no curto prazo.Às 8h32 (de Brasília), o alumínio para três meses era negociado a US$ 1.323,00 por tonelada na LME, queda de US$ 7,00 ante o fechamento de ontem, depois de ser negociado em uma mínima de US$ 1.316,00 por tonelada em momentos anteriores da sessão. O níquel recuava US$ 125,00, a US$ 9.775,00 por tonelada, e o zinco perdia US$ 5,00, a US$ 1.104,00 por tonelada. O chumbo tinha desvalorização de US$ 29,00, a US$ 1.109,00 por tonelada, e o estanho caía US$ 50,00, a US$ 10.750,00 por tonelada. O cobre era o único metal em alta, subindo US$ 31,00, a US$ 3.216,00, impulsionado por uma rara diminuição em seus estoques na LME. Às 9h51 (de Brasília), na Comex eletrônica, o contrato do cobre para março operava em baixa de 0,11% a US$ 1,4215 por libra peso.
Os estoques de alumínio romperam a marca de 3 milhões de toneladas pela primeira vez em décadas, e os de níquel avançaram 550 toneladas para 91.500 toneladas, o maior volume em uma década. O aumento implacável dos estoques de alumínio resulta de uma combinação de produção nova sendo entregue por produtores e de material antigo que estava armazenado em outros locais, segundo a analista Gayle Berry, do Barclays Capital. Segundo ela, as perspectivas para o alumínio pioraram nos últimos meses, com fundidoras chinesas retomando ou iniciando a produção. O acúmulo de estoques pelo Departamento de Reservas Estatais da China tem impulsionado os preços domésticos, estimulando as fundidoras a acrescentarem entre 500 mil e 1 milhão de toneladas desde o fim de 2008, segundo estimativa do Barclays.
“Está claro que está havendo uma retomada razoável da produção devido a esses preços mais altos”, disse Berry. O próximo nível técnico de suporte para o alumínio provavelmente será em torno de US$ 1.280,00 por tonelada, que é o piso de um intervalo de longo prazo de US$ 1.280,00 a US$ 1.500,00 por tonelada, segundo o analista Michael Khosrowpour, da Triland Metals. O cobre e o níquel também podem testar níveis mais baixos no curto prazo se o humor nos mercados de ações e moedas continuar baixista, acreditam analistas. De acordo com eles, o cobre pode testar o nível de US$ 3.000,00 por tonelada, e o níquel, o de US$ 9.000,00 por tonelada. No entanto, no caso do cobre, a probabilidade de cobertura de posições vendidas pode oferecer suporte acima de US$ 3.000,00 por tonelada.
Agência Estado / Brasil Infomine