Lucro líquido da Vale aumenta 133% e alcança R$ 5,09 bi
04/05/07
A alta dos preços do minério de ferro no mercado internacional garantiu à Companhia Vale do Rio Doce lucro líquido trimestral de R$ 5,095 bilhões nos três primeiros meses do ano. Tal desempenho recorde representa alta de 133,3% em relação ao registrado entre janeiro e março de 2006, de R$ 2,18 bilhões.
A geração de caixa (Ebitda) foi de R$ 8,94 bilhões, 138% acima do primeiro trimestre de 2006. De acordo com comunicado da companhia, a receita bruta da Vale somou R$ 16,63 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 100,8% em relação a igual período do ano passado (R$ 8,281 bilhões). Ainda de acordo com o comunicado, a consolidação da CVRD Inco contribuiu com R$ 6,74 bilhões para o aumento da receita operacional no primeiro trimestre em comparação com igual intervalo do ano anterior.
;
Ao todo, a companhia mineradora exportou 66,565 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas, ante 63,886 milhões nos primeiros três meses do ano passado -? com expansão de 4,2%. Tal desempenho foi obtido mesmo com as fortes chuvas no período, que prejudicaram a produção nas minas, principalmente na de Itabira (MG), no chamado Sistema Sudeste. Tais chuvas provocaram interrupções no tráfego ferroviário, o que prejudicou os fluxos de produtos das minas para os portos.
Os embarques de minério para a China alcançaram 21,664 milhões de toneladas nos primeiros três meses deste ano. Nos últimos 12 meses encerrados em março, somaram 80,167 milhões de toneladas. A cada trimestre, a China tem ampliado consecutivamente a participação nas vendas de minério. Entre o primeiro trimestre do ano passado e os três primeiros meses de 2007, a participação cresceu 32,5%.
;
Pela primeira vez, a participação dos minerais não-ferrosos na receita bruta (43%) ultrapassou a dos ferrosos (40,7%). Isso ocorreu em parte devido aos preços do níquel, que têm batido recordes históricos. Em valor, a receita com minerais ferrosos – minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas – somou R$ 6,7 bilhões, com aumento de 17,5%. Já as vendas de não-ferrosos – níquel, cobre, caulim, entre outros – atingiram R$ 7,15 bilhões, “uma marca histórica”, que foi possível com a compra da canadense Inco.(Ricardo Rego Monteiro e Reuters)
Gazeta Mercantil