Lucro da Xstrata dispara por preço de metais e aquisições
06/03/07
Por Mark Potter
LONDRES (Reuters) – A mineradora suíça Xstrata superou expectativas ao mais que dobrar seu lucro ajustado em 2006. A empresa informou que a forte demanda da China e Índia, junto com oferta restrita, manterá os preços de metais em alta. Os anúncios fizeram as ações da Xstrata subirem nesta terça-feira.
A mineradora suíça, 36 por cento controlada pela gigante das commodities Glencore [GLEN.UL], também informou na terça-feira que está se beneficiando de três grandes aquisições que realizou em 2006, e que continua buscando acordos ao mesmo tempo em que paga rapidamente suas dívidas.
Mas a empresa não comentou especulação da imprensa de que possa estar envolvida na possível partilha da rival de maior porte Anglo American .
“Estamos atentos a oportunidades (de fusões e aquisições) todo o tempo”, disse o presidente-executivo, Mick Davis, à Reuters.
A Xstrata anunciou lucro líquido de 4,9 bilhões de dólares em 2006, incluindo as três aquisições recentes como se fossem parte do grupo desde o início do ano. Analistas previam lucro ajustado de 4,6 bilhões de dólares.
A Xstrata fez três grandes compras em 2006: um terço da operação de carvão Cerrejon, na Colômbia; a mina de cobre Tintaya, no Peru; e, a maior delas, a mineradora canadense Falconbridge.
De uma pequena produtora de ligas de aço baseada na Suíça, conhecida como Sudekektra Holding, no final dos anos de 1990, a Xstrata cresceu rapidamente para desafiar as três maiores mineradoras do mundo –BHP Billiton, Rio Tinto e Anglo American.
A série de aquisições deixou a companhia com dívida líquida de 13,6 bilhões de dólares, mas o vice-presidente financeiro, Trevor Reid, disse que os preços altos dos metais farão com que os débitos da empresa sejam reduzidos rapidamente.
O grupo informou que houve sinais de queda no ritmo de aumentos de preços no segundo semestre de 2006, mas que é muito cedo para dizer se isso continuará este ano. A empresa pretende investir cerca de 1,4 bilhão de dólares em 2007.
Reuters