Livro substancial
07/05/07
Paulo Camilo Penna, Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)
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Com a Conferência de Dublin, realizada em janeiro de 1992, a problemática da disponibilidade de água para os povos passa a ser considerada por especialistas, poder público, iniciativa privada e organizações ambientalistas o maior desafio que a humanidade enfrentará nesse novo século, posto que embora renovável, é um recurso finito e de sua correta gestão dependerá a própria sobrevivência do homem. No Brasil, a partir desse alerta, foi então promulgada a Lei 9.433, em 8 de janeiro de 1997, que dispõe sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos e institui o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Por esse instrumento legal, formaliza-se também a água como um recurso natural finito, portanto dotado de valor econômico. Também no Brasil, a mineração cresce de modo exponencial, firmando-se como atividade de grande importância econômica, que, nos dia hoje, extrapola o nosso território. Com esses avanços, especialmente da mineração de ferro, a mineração brasileira vem formando um quadro de especialistas na gestão dos recursos hídricos, com ênfase para as águas subterrâneas. Hoje, sem dúvida alguma, a mineração brasileira detém uma expertise nesse campo do conhecimento de grande reconhecimento.Nesse cenário, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) lança o livro A gestão de recursos hídricos e a mineração, resultado do amadurecimento das ações implementadas pelo Programa Especial de Recursos Hídricos, instituído no âmbito do Ibram em 2000. O grupo técnico que dele participa entendeu ser necessário a elaboração de uma bibliografia que repassasse, de forma tecnicamente consistente e didática, a real relação da atividade da mineração, tão estigmatizada como a vilã do meio ambiente e da degradação das águas, com a gestão de recursos hídricos. Ao mesmo tempo, uma obra que pretendesse ratificar a posição do setor empresarial da mineração no que se refere ao pioneirismo do modelo de gestão de recursos hídricos, instituído pela Lei 9.433/97. A obra contou com a colaboração de 49 técnicos dos diversos setores da mineração e da gestão de recursos hídricos, que dedicaram com afinco ao trabalho proposto e foi organizado por técnicos do Ibram e da ANA.
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Com esse lançamento, o instituto e a agência acreditam que, sem sombra de dúvidas, oferta à sociedade um excelente material a ser aproveitado pelas empresas mineradoras, pelos órgãos gestores de recursos hídricos, pelas organizações ambientalistas e ainda pelas universidades e centros tecnológicos. O que está contido nele, em termos de práticas nas empresas na gestão das águas, certamente não está em nenhum livro didático.
O Estado de Minas