24/05/24

Dirigente da mineração brasileira estimula industriais a se envolverem nos debates globais que irão ocorrer no Pará, relacionados à mudança climática.

Em reunião com lideranças da indústria paraense, nesta 5ª feira (23/5), o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, disse que a força empresarial do Pará será decisiva para pautar mudanças efetivas nas discussões e nas ações do estado e do Brasil diante da emergência climática que preocupa todo o planeta. No painel “Negócios e Sustentabilidade: uma visão estratégica da indústria” durante a XVI Feira da Indústria do Pará (FIPA), ele se referiu ao fato de a capital Belém estar às vésperas de sediar dois importantes eventos socioambientais: a segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, de 6 a 8/11; e a COP30 – 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em novembro de 2025.

Segundo Jungmann, “hoje, Belém é a capital ambiental do Brasil e logo será a capital ambiental do mundo. O protagonismo do Pará nesses fóruns de âmbito global, disse, exige lideranças comprometidas com uma “narrativa baseada em escolhas, propósitos e valores relacionados à promoção das novas economias. Elas buscam evidenciar aspectos como a floresta em pé, o respeito às populações indígenas, o respeito à natureza e o reconhecimento de que a Amazônia está no centro das soluções globais para a emergência climática”. Nesse sentido, Jungmann afirmou que a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), presidida por Alex Carvalho, tem plenas condições de ser uma das líderes deste processo de promover as novas economias.

Painel “Negócios e Sustentabilidade: uma visão estratégica da indústria” durante a XVI FIPA – crédito: divulgação

O presidente do IBRAM conclamou os industriais a aproveitarem a oportunidade que se abre para a estruturação de um projeto de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, neste momento em que todo o planeta precisa desta região preservada para, efetivamente, oferecer respostas concretas aos eventos extremos, como os observados no Rio Grande do Sul e em várias partes do planeta. “A nova indústria, a nova economia, tem que fazer a reconciliação da humanidade com a natureza. É o nosso grande desafio. Tenho certeza que daqui sairá uma resposta que o mundo precisa”, afirmou. Depois da FIPA, Raul Jungmann, e o diretor de Comunicação do IBRAM, Paulo Henrique Soares, foram recebidos em almoço na Fiepa.