Libaneses mantêm projetos para Minas
12/12/08
A escassez do crédito no mercado internacional retardou as negociações de projetos para a exploração de minério de ferro e produção de ferro-gusa no Norte de Minas, região considerada a nova fronteira da mineração no estado, mas não diminuiu o interesse de investidores libaneses. Segundo o presidente da Câmara de Comércio Líbano-Brasileira de Minas Gerais, Jamil Habib Curi, o escritório de representação da entidade aberto em Beirute há três meses continua a trabalhar na intermediação de negócios não só no setor mineral, como também na indústria cimenteira. Outro foco de interesse de industriais do Oriente Médio em Minas ? a produção de pistache destinado ao mercado externo e o acabamento de tapetes persas ? se mantém sem alterações, apesar da turbulência na economia mundial. Investidores iranianos estão pesquisando terrenos propícios para o plantio de pistache e estudam a localização de galpões para torrefação do grão, informou Habib Curi, que é também diretor do Instituto de Desenvolvimento Integrado do estado (Indi). ?Nessa área de negócios, a crise não afetou as negociações. Tanto o Norte de Minas, quanto os vales do Jequitinhonha e Mucuri contam com incentivos fiscais e financeiros e podem ser beneficiados com novos investimentos neste momento?, afirmou. Segundo ele, as negociações começaram há cerca de um ano e já poderão dar os primeiros frutos em 2009. A intenção desse grupo de investidores iranianos é de, inicialmente, importar o pistache e torrar o grão para comercialização no Brasil e em outros países. O projeto envolvendo a fabricação de tapetes persas, em negociação adiantada, prevê a importação das peças semi-acabadas. Cerca de 40% desse volume seriam entregues para acabamento a artesãos mineiros do Norte do estado. Curi informou que o Indi registrou do começo do ano passado até outubro projetos de investimentos no valor de R$ 2,6 bilhões anunciados para o Norte do estado e vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. A meta do governo estadual é atrair recursos de R$ 4,3 bilhões para a região até 2010.
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