Leilão para exploração da silvinita no AM será hoje
20/06/07
A Petrobras vai bater o martelo hoje, às 10h, para a escolha da empresa vencedora do processo de licitação internacional para a exploração das reservas de silvinita (potássio), nos municípios de Nova Olinda do Norte, Itacoatiara, Itapiranga, Autazes, Borba, Silves e São Sebastião do Uatumã.
O leilão será realizado na sede da estatal no Rio de Janeiro e tem oito empresas (três nacionais e cinco multinacionais) concorrendo. A vencedora será conhecida e receberá os direitos minerários para a exploração das reservas, após pagar a Petrobras o valor proposto no leilão.
A confirmação da data foi feita ontem pela gerente Executiva de Novos Negócios da Petrobrás, Gláucia Delgado, ao líder do governo na Assembléia Legislativa do Estado (ALE/AM), deputado Sinésio Campos (PT), que confirmou a presença do governador Eduardo Braga e do prefeito de Nova Olinda, Adenilson Reis, no pregão.
A Petrobras já definiu um valor mínimo de lance para a aquisição das 44 áreas de reserva do minério. No entanto, a estimativa de preço só será anunciada no ato do pregão. Além da proposta de lance mínimo, a estatal também exigiu das concorrentes a apresentação do plano de aproveitamento econômico do empreendimento.
Para o deputado Sinésio Campos, a existência de oito empresas de grande porte ? como a Companhia Vale do Rio Doce e da Argentina Bunge -, na disputa demonstra a viabilidade minerária do projeto. ?O fato de as reservas estarem a uma profundidade de mil metros não é empecilho às empresas que, com tecnologia de ponta, já exploram silvinita a profundidades superiores a 1,5 mil metro, sem a necessidade de escavar minas?, completou.
Vantagens
O secretário Executivo de Geodiversidade e Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Daniel Nava, informou que a fase de instalação da empresa (estrutura) e início da produção (lavra) deve ser de quatro a cinco anos.
Mas, tão logo seja anunciada a vencedora do processo licitatório, os municípios deverão começar a receber investimentos – como abertura de estradas, construção de portos, e geração de energia.
?Carajás, no Pará, é um exemplo disso. No local, a empresa construiu até uma ferrovia para o transporte do minério. Resta lembrar que os investimentos são feitos em parceria com o Estado e União que têm interesse no desenvolvimento do projeto?, disse Nava.
Rentabilidade
No plano de vista econômico, o Brasil importa atualmente mais de 90% do potássio utilizado na indústria de fertilizante, o que equivale a US$ 1 bilhão por ano. Portanto, só a demanda do mercado interno já seria rentável a empresa exploradora do minério. Além disso, as reservas do Amazonas, tornariam o País auto-sustentável e, de quebra, desbancaria o Canadá e a Rússia, os maiores produtores mundiais de potássio.
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