20/10/16

Kulvir Singh Gill, diretor da Clareo Partners e colaborador na Kellogg Inovation Network (KIN), tem mais de dez anos de experiência em planejamento estratégico, eficácia organizacional e integração pós-fusão empresarial. Começou sua carreira com Oliver Wyman como consultor de gestão antes de ocupar vários cargos na Barrick Gold Corporation. Ele revela que faz benchmark com a Nike, Pepsi e; Procter & Gamble para aprender como envolvem os públicos e defende a substituição da palavra extração por desenvolvimento na mineração. ;Como o senhor vê a mineração e a sociedade?Mineração não pode operar isoladamente. Estamos conectados, temos um destino comum, aqui é a nossa casa. Somos multi stakeholders e todos os grupos têm um papel a cumprir: mineradoras, governos, comunidades, fornecedores, ONGs e todas as demais partes envolvidas Não há nenhuma controvérsia entre estes públicos de que necessitamos de desenvolvimento econômico. Os interesses não são opostos. É inegável que o mundo espera mais das empresas, seus propósitos, seus legados. Basta perguntar a alguém da geração milênio. Há muitos avanços e melhorias, mas as expectativas crescem mais rápido. ;Trocar a palavra extração por desenvolvimento vai ajudar a mudar a imagem da mineração? ;No velho mundo, as empresas ficavam isoladas, focadas em extração e na vida útil da mina. No novo mundo, tem que estar focada em desenvolvimento, conexões e nos próximos 100 anos. Precisamos identificar que propósitos, valores, oportunidades e riscos temos que compartilhar. Isso tem que ser uma obsessão. Mineração normalmente deixa legados que melhoram a qualidade do meio ambiente. ;Desenvolvimento é trabalhar junto, em cooperação, criar uma confiança e um respeito; mútuos, é dor, dentista, sofrimento. O desafio não é a operação e a tecnologia. O desafio é humano. O mundo necessita da mineração, mas a indústria precisa mudar. Haverá ganhadores e perdedores.Com que frequência vocês trocam experiências sobre gerenciamento de crises entre as mineradoras e com outras indústrias?; ;Sempre trocamos experiências com variadas empresas do setor de óleo e gás e fazemos benchmark com indústrias de outros setores, como Nike, Pepsi e Procter & Gamble, para aprender como envolvem os públicos. É ótimo sermos parte da Kellogg Innovation Network neste sentido.; Nosso grande problema não são as comunidades, mas as nossas falhas em responder para as comunidades que se opõem a nós. A crise é o que fizemos para eles nos odiarem. ;Martin Luther King certa vez disse ?Eu tenho um sonho?. Qual é o seu sonho? Os recursos das minas são finitos. Meu sonho é que quando eles tiverem terminado que fiquem os benefícios para a comunidade; e que eles sirvam de estímulo para nosso diálogo. As novas gerações querem saber porque existimos, o que fizemos de nossas vidas e não só como ganhamos dinheiro.
Kulvir Singh Gill, diretor da Clareo Partners e colaborador na Kellogg Inovation Network; – Alfredo Alves/Argosfoto
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