Jazidas no Gabão são oportunidade para empresas brasileiras
05/07/16
Empresas brasileiras poderão participar da exploração das minas de Belinga, no Gabão, onde se encontram as maiores reservas inexploradas de minério de ferro do mundo. A oportunidade foi anunciada pelo embaixador designado para aquele país, Appio Claudio Munia Acquarone Filho, cuja indicação foi aprovada nesta quinta-feira (30) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), na qual também foram aprovadas as indicações dos novos embaixadores do Brasil na Bélgica e na República Tcheca. As três mensagens presidenciais serão agora submetidas ao Plenário.Para a exploração das jazidas de Belinga, será necessária a construção de uma usina hidrelétrica, de uma ferrovia até as minas, próximas à fronteira com o Congo, e de um porto para a futura exportação do minério. A Vale chegou a se instalar no Gabão, mas deixou o país em 2007. Empresas chinesas chegaram então à região, mas o governo gabonês retomou as minas que poderão vir a ser operadas por empresas brasileiras, segundo o embaixador.? Se conseguirmos fazer que as minas de Belinga sejam confiadas ao Brasil, as perspectivas para empresas nacionais, na montagem desse complexo, são enormes. O Gabão tem uma expectativa muito grande em relação ao Brasil. Se eu fosse sugerir que país seria prioridade de nossa nova atuação na África, esse país seria o Gabão, que está à espera de um passo brasileiro em sua direção. É um fruto maduro a ser colhido ? disse Acquarone.Esse país, que tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita da África, crescimento médio de 4,2% nos últimos quatro anos e inflação de 3%, tem, porém, uma representação muito modesta do Brasil. Segundo relato lido na reunião pelo presidente da comissão, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), a embaixada brasileira em Libreville conta com a presença apenas do embaixador, que não tem a ajuda de nenhum outro diplomata.
Agência Senado