Jaguar inicia processo de busca por ouro no Nordeste
10/05/10
A;Jaguar Mining está avançando sobre o mapa da mina no Brasil, onde o conjunto de investimentos da companhia deverá superar a marca de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos.
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Em 2010, a empresa irá extrair 200 mil onças-troy das suas três minas localizadas no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, em Itabirito, Conceição do Pará e Caeté (esta última entrando em operação este mês), área onde estão concentradas as principais jazidas do estado. Cada onça equivale a 31,1 gramas de ouro e estava avaliada ontem em R$ 2,1 mil, o que; renderá um volume em torno de R$ 420 milhões no ano.
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Apenas em Minas, a Jaguar pretende investir US$ 470 milhões (R$ 845 milhões) até 2015, sem contar os US$ 140 milhões (R$ 252 milhões) previstos para 2010. O plano prevê agregar 100 mil onças de ouro à sua produção anualmente, somando 700 mil onças (R$ 1,5 bilhão) dentro dos próximos cinco anos.
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Imaginando que o volume de ouro prospectado em todo o quadrilátero ferrífero mantenha a média da última década, de aproximadamente 515 mil onças, a Jaguar atingiria esse patamar sozinha já em 2013.
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Com a prospecção do ouro mineiro consolidada, a empresa começa a se expandir para outras regiões. Em fevereiro, a Jaguar adquiriu da canadense Kinross o projeto Ouro Gurupi, no município de Centro Novo do Maranhão. Para a implementação do negócio, a mineradora fará aporte de R$ 280 milhões.
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Segundo Adriano Nascimento, vice-presidente da Jaguar Mining, os estudos de viabilidade estão sendo concluídos e já começa a fase de licenciamento ambiental, a última antes do início das obras que está previsto para este ano. “A empresa costuma demorar 12 meses para concluir a infraestrutura. Com esse projeto vamos garantir integralmente a meta de atingir 700 mil onças em 2015, e a partir de 2016 ir para 800 mil”, afirma Nascimento.
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Estudo de viabilidade de 2005 apontou volume de 50 toneladas de ouro depositados na área que será prospectada. A mineradora deverá atingir sua capacidade máxima de produção até agosto de 2012, com vida útil estimada em 20 anos.
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Além dos investimentos no Maranhão, a Jaguar está iniciando uma frente de trabalho no Ceará. O projeto greenfield na região é um direito mineral negociado com a mineradora anglo-suíça Xstrata. No acordo firmado pelas duas companhias, a Jaguar ficou com a preferência na prospecção de minério na área, assumindo como majoritária. Caso o projeto vá adiante, a Xstrata poderá vender sua parte. A decisão será tomada antes de 2015.
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A Jaguar Mining foi fundada em março de 2002 pela IMS Empreendimentos que, em outubro de 2003, uniu-se a um grupo de investidores americanos para lançar a companhia na Bolsa de Toronto e fazer a captação inicial de recursos.
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“Tentamos abrir capital no Brasil, mas tivemos dificuldade porque culturalmente não aceitam jazida como investimento, precisa ter patrimônio”, explica o vice-presidente da Jaguar.
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Em 2007 foi a vez de entrar na Bolsa de Nova York. Nascimento diz que estar no mercado aberto facilita a obtenção de crédito. “Os financiadores sabem que garantimos mais de oito anos de vida garantida com o patamar operacional que temos hoje”.
Brasil Econômico