Itataia: Usina irá atender a mercado carente no País
25/08/08
A instalação da usina de Itataia atende a um mercado deficitário. A extração de urânio só será viabilizada em razão da exploração, pela Galvani, de fosfato ? base para a produção de fertilizantes. ´O Brasil é extremamente dependente das importações´, observa Luiz Antônio Bonagura, presidente da Galvani.No caso dos fosfatados, elas respondem por 51% do suprimento nacional. A produção anual de 2 milhões de toneladas não atende sequer a metade da demanda de 4,6 milhões de toneladas do mercado brasileiro. A situação é ainda mais crítica em relação aos nitrogenados, onde 75% é comprado do exterior, e potássio (91%).Com a extração de fosfato em Itataia, a Galvani pretende atingir os mercados do Ceará, Piauí, sul do Maranhão, oeste da Bahia e Tocantins. Já o bicálcio deve ser enviado a toda a região Norte e Nordeste.O investimento total na usina de Itataia é de US$ 348,7 milhões, sendo a maior parte (US$ 313,7 milhões) para a extração de fosfato por parte da Galvani. Os outros US$ 35 milhões são destinados ao urânio ? rejeito da operação de beneficiamento de fosfato ? que será entregue à INB.Na realidade, o urânio foi a primeira descoberta em Santa Quitéria, ainda em meados dos anos 70%. ´Mas a exploração não era viável, pois representava apenas 1%´, contou o governador Cid Gomes. A entrada da Galvani no projeto vai possibilitar a extração do urânio.A produção atual chega a 400 toneladas por ano, um pouco menos do que a demanda de 420 toneladas. No entanto, a intenção do governo federal é de ampliar o número de usinas nucleares ? que utilizam o urânio como insumo.Com a exploração de Itataia e a ampliação da produção em Caetité (BA), em 2030, a produção pode chegar a 2.300 toneladas anuais, o suficiente para suprir a demanda estimada de 2.170 toneladas ? já contando com a construção da usina Angra III e mais seis novas usinas, planejadas no programa de energia nuclear do governo federal.
Diário do Nordeste