Indústrias amazônicas querem melhorar escoamento da produção
13/05/10
Os problemas de transporte de mercadorias produzidas pelas indústrias da Amazônia atrapalham o crescimento econômico da região. A afirmação é do superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Djalma Bezerra Mello. Durante encontro da Ação Pró-Amazônia, que é formada por nove federações de indústrias da região, nesta terça-feira, 11 de maio, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Djalma destacou um estudo feito pela consultoria Macrologística que aponta os problemas provocados pela falta de escoamento adequado da produção.
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Segundo Djalma, a logística é fundamental para ampliar as relações econômicas entre os nove estados da Amazônia e também com o resto do país e o mundo. ?O levantamento mostra que as nossas estradas de ferro são voltadas para o transporte de minério, além disso, temos aeroportos que não têm capacidade de receber aviões de carga e problemas de transporte aquaviário, apesar de termos muitos rios? explicou Djalma.
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O último estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), sobre a comercialização de produtos entre os estados da Amazônia, feito em 2004, mostra que a atividade é muito pequena. Das compras realizadas pelo estado do Amazonas, por exemplo, apenas 2,07% foram feitas em empresas da região, e 97,93% em outras regiões do país. As soluções para os problemas de transporte de mercadorias serão apontadas pela consultoria Macrologística, segundo Djalma Mello.
?Aguardamos a conclusão da segunda fase do trabalho da consultoria, porque sem ter condição de escoar a produção, dificilmente vamos conseguir ampliar as relações econômicas na região, e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) da Amazônia?, destacou Mello.
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Além dos problemas de logística, outro assunto debatido no encontro foi a tramitação de um projeto de lei no Congresso Nacional que trata de incentivo fiscal para as empresas que investirem na Amazônia até 2013. As indústrias e empresas de outros setores que têm projetos aprovados pela SUDAM conseguem redução de 75% no pagamento de imposto de renda. E em cima dos 25% pagos a Receita Federal, parte desse total, ou seja, 30%, mais 50% de recursos próprios da indústria podem ser usados para a compra de máquinas por meio de financiamento junto ao banco da Amazônia.
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Para que o prazo do benefício seja estendido até 2023, é necessária a aprovação do projeto de lei que está sendo discutido na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Para o vice-presidente da Ação Pró-Amazônia, José Conrado, o empenho de todas as federações de indústrias da região e das bancadas estaduais na Câmara é imprescindível para acelerar a votação e conseguir aprovar o projeto. ?Com a aprovação nós podemos trazer novos investimentos para a Amazônia, já que vamos ter um prazo maior para a concessão da isenção de parte do pagamento do Imposto de Renda?, disse Conrado.
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Agência CNI