Indústria de lapidação de diamantes deve gerar 800 empregos em Cuiabá
03/08/07
O prefeito Wilson Santos apresentou aos vereadores de Cuiabá o projeto da primeira indústria de lapidação de diamantes do país e de toda América do Sul, que será montada no município, durante a abertura dos trabalhos do segundo semestre da Câmara Municipal. A iniciativa permitirá agregar valor aos produtos brasileiros. A expectativa é tornar a Capital do Estado num pólo importante no setor de joalheria, assim como gerar emprego e renda, com a criação de 800 novos postos de trabalhos. A indústria será montada numa área de 5 mil metros quadrados do bairro Jardim Cuiabá pelo empresário israelense Dov Riger, da Mineração Novo Oriente, que garantiu o treinamento e contratação de 80 pessoas já no primeiro ano de funcionamento do empreendimento. A meta total de contratação será atingida em cinco anos. É uma fábrica que não polui, nem produz qualquer impacto ambiental, em razão da utilização de equipamentos de última geração. Santos pediu agilidade aos vereadores na apreciação do projeto, ao explicar que serão investidos R$ 40 milhões, das quais R$ 38 milhões no primeiro ano e, os restantes R$ 2 milhões, no segundo ano. O apoio da Prefeitura de Cuiabá é através da doação do terreno, localizado na avenida 8 de abril, que tem o equivalente a 12 mil metros quadrados. No restante do terreno, a empresa ainda se comprometeu a construir uma praça ampla e estruturada para os moradores do bairro. Uma das garantias para a obra é justamente o novo Plano Diretor, que permite esse tipo de doação, com tranqüilidade e segurança jurídica, ou seja, se em dois anos os investimentos não forem executados, a doação se torna nula?. O presidente da Federação Mato-grossense de Associações de Moradores de Bairro (Femab), Valter Arruda, disse que a forma como o prefeito administrou a questão é de grande importância, pois antes de se fechar qualquer acordo, a comunidade foi consultada, numa reunião pública, que aconteceu no Centro Comunitário, no início de junho. É importante perceber que o gestor público faz questão de decidir junto com a população, na coletividade?. O empresário Dov Riger pontuou que trará de Israel equipamentos de alta tecnologia, para que as maiores joalherias brasileiras possam comprar pedras com design pronto aqui mesmo, ao invés de importar produtos com até 57% de impostos embutidos. Teremos computadores que identificarão o teor exato e onde fazer o corte da pedra, o que transforma o processo numa verdadeira obra de arte. O mais importante é que não precisaremos sair do Estado, porque em regiões como Alto Paraguai e Diamantino existe a maior produção do país de pedras preciosas?. Pionerismo – O projeto foi desenvolvido nos últimos dois anos. A instalação da indústria de lapidação permitirá agregar valor aos produtos brasileiros, que hoje são exportados na sua versão bruta, mais baratos. Para montar as peças, os joalheiros brasileiros ainda importam as peças prontas dos países onde já existe a tecnologia, uma desvantagem para a economia nacional e para o próprio consumidor, que também paga mais caro. As obras de construção da fábrica têm expectativa de 10 meses para ficarem prontas, com funcionamento previsto para o ano que vem. O projeto foi aprovado com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste. A Mineração Novo Oriente é uma indústria brasileira, fundada há oito anos, que hoje tem autorização para extração do diamante em Alto Paraguai, região Norte do Estado. Dov Riger trabalha nessa área há cerca de 40 anos. Além de Israel, manter comércio com o Canadá, China e República do Congo.
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