Indonésia pode impor cota para estanho
08/03/07
A Indonésia, segunda maior produtora mundial de estanho, deverá impor uma cota sobre as exportações do metal, num esforço para manter os preços acima de US$ 12 mil a tonelada, disse um alto funcionário do governo indonésio. As cotações do metal tiveram sua maior alta das últimas três semanas. Se aprovada, a proposta protegerá o mercado mundial da possibilidade de uma super-oferta, disse ontem Mangantar Marpaung, diretor de carvão e desenvolvimento geotérmico do Ministério de Energia e Recursos Minerais da Indonésia, em Jacarta.
O país do Sudeste Asiático vem coibindo a mineração ilegal a fim de reduzir a oferta de estanho e determinou, no mês passado, que as mineradoras se registrassem para solicitar o direito de exportar o metal. O preço do estanho, empregado em soldas, disparou para seu maior patamar desde pelo menos 1989 com a adoção das medidas coercitivas.
A meta de US$ 12 mil a tonelada “é um preço muito alto em relação aos níveis históricos”, disse Ahmad Solihin, analista da PT Mandiri Sekuritas. “Ela pode estimular a produção (de estanho) em outras partes do mundo.” O contrato de estanho para entrega dentro de três meses negociado na Bolsa de Metais de Londres (LME) alcançou seu pico de US$ 13.975 a tonelada no último dia 22 de fevereiro, e tinha subido ontem no meio da tarde US$ 350, ou 2,6%, para US$ 13.650 a tonelada.
“Consideramos que US$ 12 mil a tonelada é o preço adequado para o estanho”, disse Marpaung. “A US$ 8 mil não há recursos suficientes para recuperar a terra depois da exploração mineral nem para garantir segurança no trabalho.” A cota poderá ser imposta no nível das regências, disse ele sem fornecer detalhes. As províncias da Indonésia são compostas por várias regências. Todo o estanho indonésio vem das minas da província de Bangka Belitung.
;
US$ 20 mil a tonelada
O estanho deverá subir para US$ 20 mil a tonelada se a oferta proveniente da Indonésia cair para níveis inferiores às 90 mil toneladas previstas para este ano, disse ontem Peter Kettle, diretor de estatística e estudos de mercado do ITRI. O grupo, antigamente conhecido como International Tin Research Institute é financiado por produtores do metal e analisa o mercado de estanho há 74 anos.
Gazeta Mercantil