Importações superam exportações
14/05/08
NO PARÁ Setor mineral foi responsável por 78,8% do total exportado neste primeiro trimestre
O Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), divulgou ontem o balanço das exportações e importações no Pará durante o primeiro trimestre deste ano. De acordo com Raul Tavares, gerente do CIN, as exportações paraenses cresceram 10,86% no primeiro trimestre deste ano, chegando à cifra de US$ 1,99 bilhão, contra US$ 1,8 bilhão no mesmo período do ano passado.Na avaliação de Tavares, o que mais chamou a atenção foram as importações, que no Pará foram elevadas em 74,93%, saltando de US$ 106,3 milhões ? no período entre janeiro e março do ano passado ? para US$ 185,9 milhões este ano. Apesar da grande elevação, o Pará obteve superávit de US$ 1,8 bilhão em sua balança comercial e proporcionou um crescimento de 6,84% relativo ao superávit do primeiro trimestre do ano passado, quando o saldo positivo da balança comercial ficou em US$ 1,69 bilhão.O setor mineral – que neste primeiro trimestre foi o responsável por 78,8% de todas as exportações do Pará – teve como maior destaque positivo o manganês, que atingiu US$ 99,3 milhões. Entre as quedas do setor mineral, os maiores destaques ficaram por conta da alumina (-12,18%) e alumínio. Na pauta dos produtos tradicionais, o aumento das exportações foi de 10,1%. O setor continua correspondendo 16% de todas as exportações paraenses. O maior destaque foi a madeira, que registrou alta de 5,6%. Em valores, isto significa US$ 207 milhões, contra US$ 195,9 milhões do mesmo período do ano passado.Outro destaque foi a recuperação da pimenta, cujas exportações elevaram-se em 52,4%. O setor, que no primeiro trimestre de 2007 exportou o equivalente a US$ 16,3 milhões, saltou, este ano, para US$ 24,8 milhões.Já na pauta dos produtos não-tradicionais, o maior destaque foi o boi vivo, cujas exportações cresceram 248,8%, Um salto de US$ 19,5 milhões, no período entre janeiro e março do ano passado, para US$ 68,2 milhões este ano. O problema, neste caso, é que o boi vivo tem quebrado a cadeia produtiva da pecuária de corte.
Elias Luz
CENÁRIO NACIONALFim da greve aumenta saídas
SÃO PAULO, SP (Folhapress) ? Com o fim da greve dos auditores da Receita Federal, a balança comercial brasileira fechou a segunda semana de maio com exportações e importações acima da média. Dessa forma, o resultado das exportações acumulado no mês de maio (até dia 11) foi de US$ 4,945 bilhões (média diária de US$ 989 milhões). As importações somaram US$ 3,474 bilhões (média diária de US$ 694 milhões). O saldo comercial (diferença entre o valor exportado e o importado) ficou positivo de US$ 1,471 bilhão. A corrente de comércio (soma das exportações mais as importações) no período foi de US$ 8,419 bilhões. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 58,414 bilhões, com média diária de US$ 663,8 milhões, valor 15,6% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Já as importações somam US$ 52,537 bilhões, com média diária de US$ 597 milhões, resultado 43,7% maior que o verificado no mesmo período do ano passado. O saldo comercial no ano está em US$ 5,877 bilhões, com média diária de US$ 66,8 milhões. O resultado é 58% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.
ÁLCOOL Escassez nos postos terá solução rápida
BRASÍLIA, DF (Folhapress) ? O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse ontem que a falta de álcool em postos de combustíveis é passageira. Na semana passada, o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) divulgou nota em que afirma que postos de gasolina de diferentes regiões da capital paulista estão com dificuldades na compra do álcool. ? Nós estamos monitorando essa questão e temos a convicção de que é uma coisa passageira e se resolverá com rapidez. Não há perigo (de desabastecimento)??, disse Lobão. Na nota, o Sincopetro diz que há estabelecimentos começando a ficar desabastecidos do produto.
CRESCIMENTOGoverno cria Fundo Soberano Brasileiro
RIO DE JANEIRO, RJ (Folhapress) ? O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou oficialmente ontem a criação de um fundo soberano brasileiro – que será detalhado hoje em Brasília. Mantega afirmou que a maior parte dos recursos virá do superávit primário do setor público (a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública).Antes da coletiva, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o fundo será criado com um aporte de US$ 20 bilhões. Questionado sobre esse valor, Mantega desconversou: ?Parece, mas nem tudo o que parece é?. Na apresentação da Política de Desenvolvimento Produtivo, Mantega disse que o BNDES será o executor do fundo.
Diário do Pará