IEF amplia unidades de conservação
26/07/07
Gestão participativa vai garantir mais proteção do meio ambiente O fortalecimento e a ampliação das unidades de conservação estaduais é uma das principais conquistas da nova administração do Instituto Estadual de Florestas. Numa avaliação dos primeiros seis meses de sua gestão, a presidente do instituto, Yara Valverde, afirmou que a aplicação transparente e mais eficiente dos recursos, as parcerias e a construção de uma gestão participativa das unidades de conservação vão garantir mais proteção para a biodiversidade do estado do Rio.;O IEF, por determinação do secretário do Ambiente, Carlos Minc, passou a administrar todas as unidades de conservação estaduais. Além da criação e ampliação das áreas protegidas, também queremos implantar de forma definitiva as unidades que atualmente existem somente no papel ? afirmou Yara Valverde. Já nos primeiros seis meses o governo estadual criou uma nova área protegida, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Guandu, com 74 mil hectares, destinada a proteger a fonte de abastecimento de água de milhões de pessoas e a promover o desenvolvimento sustentável da região. A APA Guandu vai receber investimentos iniciais de R$ 1,5 milhão para implantação de parques fluviais, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, elaboração de plano de manejo e sistema de informações geográficas. Todo o trabalho será acompanhado pelo Conselho Gestor, que inclui os órgãos públicos e organizações não-governamentais que formam o Comitê da Bacia do Rio Guandu. Em fevereiro, o Parque Estadual da Ilha Grande teve sua área ampliada em mais de 100%, passando de 5,5 mil hectares para 12 mil hectares. O objetivo é dotar a ilha de um parque modelo, com nova infra-estrutura para visitantes e critérios para um turismo sustentável. O trabalho inclui parceria com empresas privadas, como a Vale do Rio Doce, que formalizou parceria para a restauração de ecossistemas. Outros projetos aprovados no primeiro semestre também vão beneficiar o Parque Estadual do Desengano (Santa Maria Madalena, Campos e São Fidelis) com cerca de R$ 1,2 milhões em recursos de compensação ambiental, voltados para melhoria de infra-estrutura e de apoio aos visitantes. O Parque Estadual dos Três Picos (Cachoeira de Macacu, Nova Friburgo, Teresópolis, Silva Jardim e Guapimirim) terá novos pórticos e guaritas, com investimento de R$ 790 mil, para melhorar o controle de acesso e a fiscalização contra crimes ambientais. A presidente do IEF ressaltou que os investimentos não ocorrem de maneira fortuita. O planejamento estratégico e a gestão participativa estão direcionando as prioridades. No primeiro semestre foram quatro workshops e oficinas para funcionários e chefes de unidades de conservação, além de oficinas de diagnóstico participativo nas sedes de 10 unidades em todo o estado, reunindo as chefias e representantes de órgãos públicos e organizações não-governamentais. Estas atividades de planejamento fazem parte do plano de ação do Projeto de Proteção à Mata Atlântica (PPMA), resultado de uma cooperação entre os governos alemão e brasileiro. Os investimentos para este ano vão totalizar R$ 9,6 milhões, voltados principalmente para as unidades de conservação estaduais, prevenção e combate a incêndios e controle e desenvolvimento florestal. Uma das iniciativas já concretizadas é a aquisição de um Centro de Comando Florestal para o Corpo de Bombeiros, um microônibus de 14 lugares que vai reforçar o combate aos incêndios florestais. O IEF passou a participar ativamente da composição dos mosaicos de unidades de conservação, que reúnem os governos federal, estadual e municipais para definir políticas comuns de conservação. A intenção é preservar os corredores de Mata Atlântica existentes no estado. A parceria com órgãos federais também resultou em convênio com o Ibama, que vai transferir para o IEF as atribuições referentes ao Serviço Florestal. Assumindo o cargo no início do ano em instalações precárias, uma das metas imediatas da nova direção do IEF foi melhorar as condições de trabalho. Já em maio o IEF passou a funcionar em um novo local, no sétimo andar do Centro Administrativo do Estado (Banerjão). O local foi reformado com a mesma economia de recursos que caracteriza a administração do instituto desde janeiro. Os novos critérios de tramitação permitiram o destravamento de centenas de processos.; Precisamos criar condições adequadas de trabalho para os desafios que vêm pela frente: licenciamento de grandes empreendimentos, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro; criação de novas unidades de conservação em todo o estado, consolidando o corredor ecológico; e a implantação da gestão participativa em todas as unidades estaduais, com conselhos gestores e planos de manejo ? afirmou a presidente do IEF.
O Diário de Teresópolis – RJ