ICZ busca ampliar o mercado no país
19/07/07
A valorização histórica dos preços do zinco, níquel e chumbo nos últimos quatro anos levou produtores de todo o mundo a incrementar investimentos na produção e para elevar a demanda desses bens. A cotação do níquel rompeu neste ano a barreira dos US$ 50 mil a tonelada e a do chumbo, nesta semana, passou de US$ 3 mil. Um dos desafios da nova diretoria do Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ), eleita anteontem, é “fomentar o crescimento do mercado do mercado brasileiro, que ainda registra um consumo per capita muito aquém dos registrados nos países desenvolvidos”, disse o novo presidente do ICZ, José Cilon Costa Lage Filho. O dirigente é executivo do grupo Votorantim, principal produtor de zinco e níquel do país e que acaba de entrar firme na produção de chumbo metálico. Segundo Cilon, que desde março de 2005 está à frente da gerência geral comercial do negócio zinco da Votorantim Metais, a indústria de metais não-ferrosos passa por uma fase muito importante de elevados investimentos no país. Para ele, o ICZ terá o papel de agregar novos nomes ao quadro de associados (sejam produtores ou transformadores), principalmente de níquel e chumbo. Hoje, são 18 empresas associadas ao instituto. A entidade, que praticamente viveu no ostracismo alguns anos atrás (época de crise profunda dos preços do zinco e chumbo) busca também desenvolver novas aplicações desses metais, principalmente na construção civil, acabamentos e decoração interior. Em 2006, conforme dados do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), o país extraiu e produziu 185 mil toneladas de zinco, 37 mil de níquel e 26 mil de chumbo (este por meio de aproveitamento de baterias).
Valor Econômico