30/11/22

A 27ª reunião anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), COP27, no mês de novembro, no Egito, foi importante para a reafirmação e ampliação das metas estabelecidas em reuniões anteriores, assim como garantir o cumprimento de ações urgentes sobre o clima, tentando reduzir os impactos negativos das mudanças climáticas e assegurar um futuro mais sustentável. 

O setor mineral tem um papel fundamental nestas metas e ações. Durante a Conferência, o diretor de Relac?o?es com Associados e Munici?pios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Alexandre Mello, acompanhou as negociações que impactam diretamente a indústria mineral. Dentre elas estão:  regulamentac?a?o do Artigo 6 do acordo de Paris sobre a  implementac?a?o do mercado global de carbono; os crite?rios de transic?a?o do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para o Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS); e o financiamento climático.  

Diretor do IBRAM durante a COP27. Crédito: Divulgação

O diretor do IBRAM afirma que a mineração deverá ter grandes oportunidades no mercado mundial e brasileiro de carbono. Para ele, “a questão do financiamento climático trará transferência de tecnologia, inovação e a busca de uma transição energética para o mundo de baixo carbono. O setor pode contribuir muito para a redução e remoção das emissões de carbono mundial com a produção de minerais estratégicos”, diz. 

Alexandre Mello ainda ressalta que estas negociações são de grande interesse da mineração do Brasil, já que o setor poderá receber recursos de fundos internacionais de inovação e novas tecnologias voltada à baixa emissão de carbono. Ele avalia que  a COP27 promoveu importantes discussões para o setor, mas houve pouco avanço nas negociações e nas ações previstas para o futuro.