IBRAM marca posição sobre DE&I na mineração, em seminário do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania
30/05/25
Setor mineral em agenda de diversidade e igualdade com foco em metas ambiciosas para 2030.
Promover a equidade racial e de gênero no ambiente corporativo da mineração é um dos muitos compromissos assumidos pelo setor mineral, com a liderança do IBRAM, para tornar essa indústria ainda mais sustentável, segura, responsável e inclusiva. Para debater questões relacionadas ao tema, nos dias 26 e 27 de maio, o IBRAM participou do seminário “O Papel do Setor Corporativo na Promoção da Igualdade: Caminhos Possíveis”, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
O evento foi sediado na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), em São Paulo, e foi conduzido por Edmilson Santos dos Santos, coordenador-geral de Direitos Humanos e Empresas do Ministério. Ele fez questão de destacar o caráter de urgência de ações concretas para promover, com efetividade, a equidade racial e de gênero no ambiente corporativo. Com quase metade da população brasileira autodeclarada negra ou parda (IBGE, 2024), o recorte racial ganha centralidade, especialmente diante do dado do Instituto Ethos: apenas 4,7% dos cargos executivos são ocupados por pessoas negras.

Elena Renovato (IBRAM), Edmilson Santos dos Santos (MDHC) e Érica Monteiro (Samarco) no seminário sobre DE&I.
Metas para 2030
O setor mineral, representado pelo IBRAM, tem se movimentado para mudar esse cenário. O grupo de trabalho (GT) de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) da Agenda ESG da Mineração do Brasil, estabeleceu a meta de alcançar 45% de pretos e pardos em posições de liderança até 2030. Um avanço significativo, considerando que, em 2023, a pesquisa ESG IBRAM apontou 30,69% de representatividade nessas empresas.
Segundo as coordenadoras do GT DE&I do IBRAM, Elena Renovato (IBRAM), e Érica Monteiro (Samarco), que estiveram no seminário, a indústria da mineração seguirá, de fato, rumo à igualdade com práticas transparentes e escuta ativa.
“Não estamos mais nos anos 90 ou início dos 2000, quando não sabíamos o que fazer”, destacou Cida Bento, cofundadora e conselheira do CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, uma referência em diversidade. “Hoje, temos clareza sobre os desafios e as ferramentas necessárias”, reforçou a representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a magistrada Karen Luise, Juíza de Direito na Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, painelista do seminário.
O IBRAM, um dos grandes impulsionadores da agenda, tem trabalhado para que o setor apareça em destaque no próximo Perfil Social, Racial e de Gênero das 1100 Maiores Empresas do Brasil, publicação referência do Instituto Ethos.
Por meio de participação em fóruns, produção de guias de boas práticas e coordenando um grupo de trabalho no tema, o IBRAM busca semear a transformação da cultura organizacional das empresas associadas, e incentiva, por meio dos diálogos e cases compartilhados em seu GT, a eliminação de barreiras e a promoção de políticas antidiscriminatórias. Agora em junho, por exemplo, o IBRAM vai iniciar coleta de dados sobre DE&I junto às empresas associadas representadas nos 12 GTs da Agenda ESG. A partir desta iniciativa, o setor ganha mais consistência para efetivar o cumprimento das metas estabelecidas em suas políticas de DE&I.